
Bondes elétricos que circularam em Curitiba na primeira metade do século 20 podem voltar a transportar passageiros no centro da cidade. O projeto da prefeitura prevê a instalação de uma nova linha de bondes entre o Passeio Público e a Praça Eufrásio Correia, passando pelas ruas Riachuelo, Barão do Rio Branco, Conselheiro Laurindo e XV de Novembro. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e faz parte das ações de revitalização da área central da cidade, iniciadas em 2005. Não há estimativa de implantação, porque a prefeitura está em busca de parceiros da iniciativa privada.
A previsão é iniciar o novo serviço turístico com dois bondes, que terão frequência de 60 em 60 minutos e percorrerão os 3,4 km da viagem a uma velocidade entre 8 km/h e 10 km/h. Serão implantados trilhos no trajeto e sete pontos de parada, da Praça Eufrásio Correia ao Passeio Público. O serviço permitirá o embarque e desembarque ao longo do caminho e terá uma tarifa diferenciada.
Birney
O bonde que voltará as ruas é da marca Birney. Fabricado nos Estados Unidos, no início da década de 1920, foi usado para transportar passageiros em 1952, quando foram desativadas as linhas de bonde na cidade. O bonde utilizado nos séculos 19 e 20 foi o primeiro transporte coletivo de Curitiba e eram puxados por mulas.
De estrutura de madeira, começaram a trafegar em dezembro de 1887, saindo da Rua da Liberdade (atual Barão do Rio Branco). A estação central ficava no atual cruzamento da Avenida Visconde de Guarapuava com a Rua Barão do Rio Branco, perto da Praça Eufrásio Correia. O bonde elétrico foi implantado em 1912 e fazia o percurso entre o Centro até o bairro Portão. Nesse período, a carroceria de madeira foi substituída pela estrutura metálica.




