
Protagonista nas discussões de mudanças climáticas e um dos poucos países que conseguiram resultados positivos nos últimos anos, o Brasil não atendeu a recomendação da ONU de apresentar até 31 de março a atualização do plano para reduzir emissões de gases de efeito estufa. O documento precisa ser traduzido para seis idiomas até novembro, quando acontece e Paris a 21.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). Além disso, a proposta brasileira precisa ser discutida com a sociedade antes da apresentação para os demais países, que devem discutir a assinatura de um novo compromisso, nos moldes do protocolo de Kyoto.
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O secretário nacional de Mudanças Climáticas do Ministério de Meio Ambiente, Carlos Klink, afirma que o Brasil entregará a proposta dentro do prazo obrigatório, que acaba em 1.º de outubro. “Os países desenvolvidos é que tinham o compromisso de enviar o documento em março”, diz. Ele concorda, contudo, que ao não seguir a recomendação de prazo feita pela ONU, o tempo de debate da proposta fica reduzido. “Lógico que a gente gostaria de apresentar com um prazo razoável para permitir a discussão com os vários setores”, diz. Ele também garante que o país apresentará uma proposta pioneira, com dados objetivos. Contudo, não há ainda uma previsão de quando o documento será divulgado.
Suíça, União Europeia, Letônia, Noruega, México, EUA, Gabão e Rússia enviaram suas propostas à ONU. O grande diferencial foi a apresentação de uma proposta americana, já que o país não assinou compromissos anteriores. Agora, os EUA se propõem a reduzir as emissões até 2025 em 28% na comparação com 2005.



