Números
60% das cargas no Brasil são transportadas pelas rodovias. São 1,65 milhão de quilômetros, mas só 10% pavimentados.
75% da malha rodoviária brasileira apresenta algum tipo de imperfeição, segundo a pesquisa CNT 2006.
3,4 milhões de motoristas atuam nos Estados Unidos, sendo 3,1 milhões em empresas e os outros são independentes.
13 vezes maior do que o número de acidentescom carro de passeio é o de sinistros com caminhões.
14 vezes maior é o índice de mortes no Brasil em comparação com o registrado nos Estados Unidos.
1,5 milhão de caminhões formam a frota brasileira. O setor de transporte de cargas fatura o equivalente a 6% do PIB.
3,75 milhões de empregos são oferecidos pelas companhias do setor de transporte de cargas no Brasil.
10 vezes maior do que com o roubo de cargas é o prejuízo que as empresas têm com acidentes de trânsito.
49% dos acidentes provocam perda total do caminhão. Numa batida mediana, o veículo fica parado cerca de 14 a 15 dias.
São Paulo Todos os anos, 2.500 motoristas de caminhão morrem nas estradas brasileiras. Os acidentes com veículos de transporte de cargas representam um prejuízo para o país de R$ 9,7 bilhões por ano. De olho nestas estatísticas, empresas e entidades do setor de transporte de cargas estão pensando na segurança como investimento, identificando as causas do problema e buscando soluções que passam pela melhoria da infra-estrutura das rodovias e pelo treinamento de motoristas.
A segurança como investimento foi o tema deste ano do Fórum Volvo de Segurança no Trânsito, realizado no início deste mês, em São Paulo.
As pesquisas dão conta de que a maioria dos acidentes são provocados por falha humana. Segundo o consultor de Riscos de Transportes da Chubb Seguros, Euler Oliveira Alvarenga, os fatores humanos que contribuem para os acidentes são: excesso de velocidade (presente em mais de 80% dos acidentes analisados pela Chubb); fadiga (causada principalmente pelos baixos fretes e curtos prazos de entrega); e o uso de rebites, medicamentos que mantêm o motorista acordado.
Geraldo Vianna, presidente da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), cita que 95% dos acidentes são atribuídos a falhas humanas. "Não quero tirar a responsabilidade do motorista, mas muitas vezes o que se classifica como falha humana tem um componente de infra-estrutura", completa ele. "Uma ultrapassagem poderia não terminar em tragédia se a pista fosse dupla. Buracos e falta de sinalização também provocam situações em que, depois, a responsabilidade acaba sendo atribuída ao motorista", reclama Vianna.
Causas
Alvarenga, da Chubb, diz que os fatores estruturais que contribuem para os acidentes são a má condição das estradas; prazos curtos de entrega; frete baixo; idade e manutenção inadequada do veículo; e fiscalização e punição ineficientes. Apesar das rodovias mal conservadas, a maioria dos acidentes graves acontece nos trechos em boas condições. Para Alvarenga, a explicação estaria no fato de que, nestas estradas, os motoristas tentam recuperar o tempo perdido nas rodovias mal conservadas.
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