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violência

Briga em condomínio acaba em morte

Síndico de edifício de alto padrão em Curitiba mata morador que estaria questionando contas

Possivelmente por desavenças na prestação de contas do condomínio, o síndico do edifício Barão de Cotegipe, no bairro Água Verde, em Curitiba, José Francisco da Fonseca Prestes, 58 anos, matou ontem com dois tiros na cabeça (um no rosto e outro na nuca) o condômino Sérgio Alaor Kluppel, 64 anos. Após cometer o assassinato, Prestes tentou o suicídio: deu dois tiros no peito e foi levado pela ambulância do Siate para o Hospital Evangélico, onde passou por cirurgia de emergência. Ele está internado na unidade de terapia intensiva (UTI). O corpo de Kluppel foi encaminhado para autópsia no Instituto Médico Legal (IML). O crime aconteceu por volta das 9 horas, no salão de festas do prédio, localizado a menos de 50 metros do Clube Curitibano, na Rua Saint Hilaire (a via rápida do Portão, sentido bairro-Centro).

As primeiras informações indicam que Kluppel teria descoberto possíveis irregularidades na atual gestão do condomínio, cuja dívida chegaria a R$ 19 mil. A vítima, que já foi síndico, disputava o cargo novamente. Segundo a delegada responsável pelo caso, Selma Braga, do 2.º Distrito Policial, ainda não é possível confirmar as causas do homicídio nem as circunstâncias, já que não há testemunhas. Como o salão de festas fica distante da portaria, o zelador do prédio não ouviu nenhuma discussão, apenas o barulho dos disparos. Foi ele quem chamou a polícia.

Prestes foi levado em estado grave ao Hospital Evangélico. À tarde, a delegada Selma foi até o hospital para autuá-lo em flagrante. Como não há dúvidas sobre a autoria dos disparos, se o síndico vier a falecer provavelmente o caso será dado por encerrado.

A delegada começa a ouvir hoje os moradores do condomínio para tentar descobrir se havia alguma divergência entre ambos – o que foi confirmado por outros moradores (ler texto ao lado). Nenhum deles tinha antecedentes criminais. Por respeito ao luto, a família da vítima será ouvida apenas na segunda-feira. A polícia ainda não sabe afirmar a quem pertence a pistola 765 usada no homicídio, nem se Prestes costumava andar armado. A delegada acredita na possibilidade de o crime ter sido premeditado. "Ele (Prestes) marcou (com Kluppel) para acertar contas no salão de festas", afirmou a delegada à segunda edição do jornal Paraná TV. Segundo a delegada, homicídio seguido de tentativa de suicídio é comum em crimes passionais, e não em outros tipos de desavenças. "Nunca tinha visto um caso como este."

O corpo de Kluppel foi velado na Capela Vaticano, ao lado do Cemitério Municipal de Curitiba. O enterro será hoje, às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais, na região metropolitana.

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