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Wilson Bueno pode ter sido morto por uma pessoa conhecida, de acordo com a polícia | Arquivo/Gazeta do Povo
Wilson Bueno pode ter sido morto por uma pessoa conhecida, de acordo com a polícia| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Bibliografia

Confira lista com os livros publicados de Wilson Bueno

Bolero’s Bar (Curitiba: Criar Edições, 1986)

Manual de zoofilia (Florianópolis: Noa Noa, 1991)

Ojos de água (Argentina: El Territorio 1992)

Mar paraguayo (São Paulo: Iluminuras, 1992)

Cristal (São Paulo: Siciliano, 1995)

Pequeno tratado de brinquedos (São Paulo: Iluminuras, 1996)

Medusario – mostra de poesia latinoamericana (México: Fondo de Cultura Econômica, 1996)

Jardim zoológico (1999)

Meu Tio Roseno, a cavalo (São Paulo: Editora 34, 2000)

Once poetas brasileños, de 2004

Amar-te a ti nem sei se com carícias (São Paulo: Editora Planeta, 2004)

Cachorros do céu (São Paulo: Editora Planeta, 2005)

Diário vagau (Curitiba: Travessa dos Editores (2007)

Pincel de Kyoto (2007)

Canoa Canoa(2007)

A copista de Kafka (São Paulo: Editora Planeta, 2007)

O escritor José Castello via Wilson Bueno como uma pessoa inquieta, de temperamento forte, "turbulento". Para o chargista do jornal O Estado do Paraná, Luiz Antônio Solda, amigo desde a década de 70, Bueno era solitário e andava recluso. Rogério Pe­­reira, editor do jornal Rascunho, acredita que, pelas primeiras impressões, tratava-se de uma pessoa divertida e bem humorada. Várias são as visões da personalidade de Wilson Bueno. Sua literatura, no entanto, é unânime: uma das mais importantes do Paraná.

Bueno nasceu em Jaguapitã, no Norte Central do Paraná, em 1949. É autor de Bolero’s bar (1986), Manual de zoofilia (1991), Amar-te a ti nem sei se com carícias (2004) e Cachorros do céu (2005). "A literatura se confunde com a minha própria percepção da vida e do mundo. Acho que minhas primeiras palavras, minhas primeiras expressões frente à decifração do mundo foram literárias. É curioso", disse Bueno, em dezembro de 2006, durante o sétimo encontro do projeto Paiol Literário, realizado em parceria entre o Rascunho, o Sesi Paraná e a Fundação Cultural de Curitiba.

Para o jornalista Rogério Pereira, a obra de maior projeção de Bueno é Mar Paraguayo, livro escrito em 1992 em "portunhol". Bueno tentou uma reprodução da linguagem dos hispânicos que vivem no Brasil, disse ao jornal Rascunho.

Outro trabalho de destaque de Bueno foi o jornal Nicolau, considerado o Melhor Jornal Cultural do Brasil pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 1987. Ele também era cronista do jornal O Estado do Paraná, da revista Ideias e colaborador do caderno cultural do jornal O Estado de São Paulo. Escreveu para a Gazeta do Povo quando tinha 14 anos. "É que a Gazeta tinha uma página literária e, nela, já pontificava Dalton Trevisan, com seus 45 anos. Na época, ele já começava a se tornar um grande nome literário", disse Bueno durante o Paiol Literário.

O escritor José Castello afirma que Bueno era um autor muito envolvido com a vanguarda, a experimentação. "Era um cara inquieto como escritor. Os livros dele são muito diferentes um dos outros, sempre buscando coisas novas" diz Castello. "Ele também era cronista, poeta, fazia poemas curtos à moda japonesa. E teve essa passagem muito importante na história da imprensa literária, que foi o período longo (oito anos) que editou o Nicolau."

Castello classificou a morte do amigo como algo odioso e abominável. Solda, chargista de O Estado do Paraná, morava perto de Bueno, mas não teve coragem de ir até a casa do amigo, local da morte. "É uma coisa muito dolorida."

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