Aproximadamente 1.600 doses de vacina contra a gripe foram vendidas nas unidades do Frischmann Aisengart nesta quarta-feira (6). As doses já fazem parte da segunda remessa, com 5 mil unidades, recebida na terça-feira (5): a primeira, com 1.350 vacinas, acabou em pouco mais de 24 horas após o recebimento.
A psicóloga Mariana Ribeiro Leal, que foi a uma das unidades para vacinar os filhos Joaquim (3 anos) e Cecília (1 ano e nove meses) justifica a pressa. “Eu vim cedo, porque tem um surto, principalmente em São Paulo. Ficamos preocupados com as crianças, pelos riscos que pode ter”, diz. As crianças poderiam ser imunizadas gratuitamente durante a campanha nacional, que começará em 25 de abril no Paraná, mas Mariana considerou melhor imunizá-las o quanto antes.
A situação se repete em outros laboratórios de Curitiba e alguns estão sem as doses, aguardando novos lotes, enquanto os telefones tocam incessantemente devido às buscas por informações sobre a vacina. No Previnna, desde 28 de março, dois lotes de 300 unidades já se esgotaram e a expectativa, segundo os funcionários, é de que uma nova remessa – “de quantas [vacinas] o laboratório tiver” -– chegue nesta sexta-feira. Na Inalar Vacinas, que prefere não divulgar o número de doses aplicadas ou encomendadas, o produto está esgotado desde sábado. “Acreditamos que sexta-feira teremos novidades”, diz o proprietário, José Bonifácio Petroski.
Paraná tem 60 casos confirmados de gripe H1N1
Leia a matéria completaO esgotamento das doses também motiva uma movimentação intensa nos laboratórios ainda nas primeiras semanas da vacinação. “Como as doses normalmente são limitadas ou esgotam, é bom se prevenir antes que o inverno chegue”, argumenta a advogada Thaysa Prado, que levou a avó, Edy Prado, de 88 anos, para se imunizar também devido ao risco que a doença representa para ela. ”Como ela tem problemas de saúde e tem a questão da idade, se ela pega uma gripe forte, é fatal”, diz. A idosa também faz parte do grupo prioritário da campanha do Ministério da Saúde.
Procura diluída
Apesar da preocupação das pessoas, a corrida por vacinas é vista como uma resposta eufórica à situação e a expectativa de alguns laboratórios é que ela se “dilua” em alguns dias. “Na minha experiência, essa procura não deve se sustentar”, diz a diretora médica do Frischmann Aisengart em Curitiba, Myrna Campagnoli. Ainda assim, ela conta que, como ainda não há casos autóctones e mortes associadas à H1N1 no Paraná, o laboratório está se preparando para atender uma nova onda de demanda intensa caso isso ocorra.
Myrna diz ainda que as pessoas não devem se assustar com o esgotamento de remessas nos laboratórios, porque o armazenamento adequado de grandes quantidades de vacina é inviável e a entrega é difícil, devido à logística necessária. “De tempos em tempo, é preciso fazer auditoria de temperatura em todas as caixas. Com isso, uma viagem de 4 horas acaba durando 8 horas”, explica.
-
Juristas infiltram ideia do “PL da Censura” em proposta de novo Código Civil
-
Deputado questiona finalidade da visita do presidente Emmanuel Macron a Lula
-
Governo Tarcísio muda nome de assentamento de Che Guevara para Irmã Dulce e MST reage
-
Bolsonaro bate Lula em pesquisa e Gilmar Mendes revela seu lado; acompanhe o Sem Rodeios
Moraes e Dino querem 14 anos de prisão a pai da presidente da associação de presos do 8/1
Depoimento de diretor da PF confirma ilegalidades na detenção de jornalista português
CFM aprova resolução que proíbe uso de cloreto de potássio em abortos
Propostas de emenda escancaram que ameaças do novo Código Civil são reais
Deixe sua opinião