O presidente do Instituto Butantã, Jorge Kalil, afirmou que a instituição está pedindo financiamento de agências dos Estados Unidos e da Europa para o desenvolvimento de uma vacina e para pesquisas sobre o vírus da zika. E disse que o Brasil corre o risco de ter de importar uma solução para o surto, se não agir de forma mais rápida para garantir o financiamento das atividades no País.
Na segunda-feira (7), em entrevista à reportagem, Kalil afirmou que não havia ainda recebido dinheiro prometido do governo federal, nem para a vacina de zika nem para completar a fase 3 de testes para o imunizante da dengue – um cheque de R$ 100 milhões assinado no dia 22 pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Leia tudo sobre o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, o zika e a chikungunya
Na quarta-feira (9), falando em Genebra para jornalistas estrangeiros, o brasileiro reconheceu que “o governo colocou alta prioridade na luta contra dengue e zika” e “se comprometeu” a manter as operações contra o surto. Mas alertou que “o Brasil tem muitos problemas de recursos”. “Somos um País burocrático e isso pode ser contrário a nós. Isso diminui nossa competitividade. É frustrante”.
Para completar os recursos que precisa, porém, ele confirmou que está em contato com a Comissão Europeia e com programas americanos dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) para avaliar um pacote vindo do exterior.
“Estamos tentando conseguir dinheiro de onde vier. É muito importante conseguir o dinheiro necessário”, explicou, ressaltando que “tem muita gente interessada no que estamos fazendo no Brasil”. O cientista diz que precisa de R$ 30 milhões para pesquisas sobre zika. Até agora, o governo autorizou R$ 8,5 milhões. Na fase 3 de testes para a vacina da dengue, indicou que precisa de R$ 300 milhões.
Ministério
Reagindo aos comentários de Kalil emitidos ainda na segunda-feira, o Ministério da Saúde publicou uma nota indicando que “considera contraditórias as falas, uma vez que o laboratório não entregou documento obrigatório para a liberação de recursos”.
“Mesmo estando dentro dos prazos previstos para início das transferências (até 30 dias após sua assinatura), o Ministério da Saúde fica impedido de destinar os valores diante desta pendência”, explicou. Sobre os R$ 100 milhões para a fase 3 da vacina contra a dengue, a pasta ainda esclareceu que “os documentos exigidos para a liberação de recursos” foram entregues pelo Butantã na terça-feira (8).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
Presidente do Senado está diretamente ligado à polêmica proposta de novo Código Civil
-
Governo Lula impôs sigilo de 100 anos à agenda de Janja e lista de militares de plantão no 8/1, diz jornal
-
Flávio Dino esquece que é ministro do STF; acompanhe o Sem Rodeios
-
Lula não quer demitir ministra da Saúde, mas pressão sobre Nísia continua
Propostas de emenda escancaram que ameaças do novo Código Civil são reais
Propostas do novo Código Civil trazem riscos à autoridade dos pais
Juristas veem ameaça à liberdade de imprensa em ação que pede a cassação da Jovem Pan
STF julga se mãe não gestante em união homoafetiva tem direito a licença-maternidade
Deixe sua opinião