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Morte no camping

Caçada ao assassino do delegado

Megaoperação com 200 policiais tenta prender último suspeito identificado como Paulo “Tutancamon”. Outros dois foram mortos em confronto com a polícia, em Joinville

Policiais observam corpo de um dos suspeitos: confronto deixou dois mortos e uma refém ferida | Salmo Duarte/A Notícia/RBS
Policiais observam corpo de um dos suspeitos: confronto deixou dois mortos e uma refém ferida (Foto: Salmo Duarte/A Notícia/RBS)
Policiais vigiam 24 horas o local onde Tutancamon está escondido |

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Policiais vigiam 24 horas o local onde Tutancamon está escondido

Helicóptero da polícia faz voo rasante para tentar localizar foragido |

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Helicóptero da polícia faz voo rasante para tentar localizar foragido

Criminosos bateram o carro usado na fuga: marcas de tiro no para-brisa |

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Criminosos bateram o carro usado na fuga: marcas de tiro no para-brisa

Veja os acontecimentos que culminaram com a morte de dois dos foragidos |

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Veja os acontecimentos que culminaram com a morte de dois dos foragidos

A caçada ao último suspeito da morte do delegado José Antônio Zuba de Oliva, 47 anos, e do servidor público Adilson da Silva, 42 anos, mobiliza cerca de 200 policiais, cães farejadores, dois helicópteros e dezenas de viaturas das polícias do Paraná e Santa Catarina no distrito de Pirabei­raba, em Joinville (SC), a 125 quilômetros de Curitiba. A operação busca um homem identificado como Paulo "Tutancamon", que fugiu a pé após um tiroteio com a polícia catarinense, na manhã de ontem.Outros dois procurados, Felipe "Tex" e Paulo "Gau­­chi­nho", foram mortos durante o confronto. A agricultora Cordula Graper Piske, 62 anos, feita de refém pelos criminosos, também foi baleada e até o fechamento desta edição estava internada em estado grave no Hos­pital de São José, em Joinville. "Tutancamon" estaria escondido em uma região de mata fechada cercada por lavouras de cana-de-açúcar e banana.

O coordenador da operação, o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Hamilton da Paz, afirmou ontem que as buscas continuarão até ele ser encontrado. Há suspeita de que o bandido seja um ex-militar e que tenha treinamento tático para se esconder na mata. Todos os veículos que trafegam pelas estradas da região estão sendo revistados e os helicópteros realizam voos rasantes para tentar avistar o foragido.

Segundo o delegado, o grupo pertencente a uma facção criminosa da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e estava no Paraná para cometer assaltos a mansões em Curitiba. Foi apurado que o grupo teria alugado uma casa no balneário de Shangri-lá, em Pontal do Paraná, mas por estarem causando suspeita entre os moradores resolveram mudar-se para o camping onde ocorreu o tiroteio que vitimou Zuba e Silva.

Ontem à tarde, os policiais afirmavam que a prisão do criminoso era uma questão de tempo. "O homem não conhece ninguém, está sem dinheiro, não tem telefone e deve estar com fome. Uma hora ele vai ter que sair", diz o delegado Rodrigo Brown de Oliveira.

Tiroteio

Segundo a polícia, a perseguição começou logo cedo, quando "Tex", "Tutancamon" e "Gau­chinho" estavam em uma lanchonete na praia de Coroados, em Guaratuba, tomando café. Se­­gundo o tenente Sheldon Vor­tolin, da Polícia Rodoviária Esta­dual (PRE), um policial do posto de Coroados recebeu a denúncia de que haveria homens suspeitos em um estabelecimento comercial e foi averiguar.

Ao encostar a viatura, teria sido recebido a tiros. O policial conseguiu sair do carro e esconder-se atrás de árvores. No confronto, ele teria atingido um dos criminosos. "Ele ouviu do bandido de que se matasse o seu amigo, ele voltaria para matá-lo", diz Vortolin. Mas para o comandante do 9.º Batalhão de Paranaguá, tenente-coronel Flávio José Cor­reia, não há indícios de que Tutan­camon possa estar ferido.

O trio então roubou o carro policial e fugiu em direção a Santa Catarina. O policial fez o alerta da fuga e policiais catarinenses montaram uma barreira. Depois de percorrer 30 quilômetros, o grupo entrou na Estrada do Oeste, em Joinville, e abandonou a viatura. Em seguida, invadiu duas casas, fazendo Cordula Piske de refém. Eles fugiram no carro da família. Cordula foi solta em seguida.

Um helicóptero da polícia localizou o carro e teve início um forte tiroteio. "Tex" e "Gau­chi­nho", identificado como Paulo Aparecido Alves de Abreu, foram mortos ao lado da estrada. "Tutancamon" se embrenhou na mata. No rastro dele, policiais encontraram uma mochila com várias armas, além do armamento roubado da investigadora Noeli de Fátima Avine e do delegado Zuba. Segundo a polícia, "Tutan­camon" está com um fuzil de procedência israelense. Os corpos dos dois foragidos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal de Joinville.

Crime

O delegado Zuba e Adilson da Silva foram mortos durante uma abordagem policial em um camping de Pontal do Paraná, no balneário Carmery, na última terça-feira. O delegado, Silva e duas investigadoras verificavam uma denúncia de que homens armados estariam acampados. Ao chegarem no local, foram recebidos a tiros de metralhadora e pistola. Zuba morreu na hora. Baleado, Silva chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Para­naguá, mas faleceu em seguida. As investigadoras Noeli e Luiza Helena Santos foram rendidas, mas tiveram as vidas poupadas e foram soltas após a fuga dos criminosos.

Serviço:

Quem tiver informações sobre o paradeiro do suspeito pode entrar em contato com a Delegacia de Paranaguá, pelo fone (41) 3420-3666; o Cope, pelo (41) 3284-6562 ou 3284-6536 ou o 190, número de emergência da Polícia Militar do Paraná, e o (47) 190, da PM de Santa Catarina.

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