A cadeia pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi parcialmente interditada, na tarde de quarta-feira (11), por causa da superlotação. O presídio tem capacidade para 172 detentos e está com 536. A interdição parcial foi determinada pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Ponta Grossa, Antônio Hycena e visa reduzir o número de detentos para 350 nos próximos dois meses.
Desde a notificação, 18 presos já deixaram a cadeia, sendo seis com alvará de soltura e 12 transferidos para a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa e unidades prisionais de Curitiba. O destino dos demais detentos está em estudo pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), que depende da liberação de vagas no sistema prisional pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania que, por sua vez, adiantou que ainda não tem uma posição oficial sobre as remoções.
Os novos presos serão colocados na carceragem provisória da 13ª Subdivisão Policial. Segundo a delegada chefe, Valéria Padovani, a redução do número de detentos vai depender da abertura de vagas em penitenciárias. "O número de 350 presos já é o dobro da capacidade que nós temos hoje, mas muitos deles já são condenados", lembra.
Um balanço da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mostrou que pelo menos 190 homens já estão condenados e podem ser transferidos para penitenciárias. Os demais aguardam sentença. Neste mês começa um mutirão para revisão dos processos a fim de ajudar a reduzir a população carcerária na unidade.



