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Blitz de orientação da Diretran encontrou crianças na cadeirinha e outras que nem cinto de segurança usavam | Joel Garcia/SMCS
Blitz de orientação da Diretran encontrou crianças na cadeirinha e outras que nem cinto de segurança usavam| Foto: Joel Garcia/SMCS

Quem tem crianças de 4 a 10 anos e ainda não comprou a cadeirinha de elevação para transportá-las com segurança no veículo terá de esperar. O estoque deste equipamento nas lojas acabou nas últimas duas semanas e Curitiba, assim como outras capitais do Brasil, já não tem mais a cadeirinha para vender. A falta do produto no comércio forçou o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) a prorrogar a data em que a obrigatoriedade do uso do aparelho entraria em vigor. A fiscalização só vai começar no dia 1.º de setembro – a partir desta data, quem não tiver o equipamento vai levar multa de R$ 191,54 e sete pontos na habilitação.

O contador Erivelto Rocha, pai de trigêmeos, cada um com seis anos, precisa justamente de três unidades do produto que já está em falta em Curitiba: a cadeirinha de elevação, também chamada de booster. Ele começou nas últimas semanas uma verdadeira corrida para tentar encontrar o produto na quantidade que precisa; esteve em seis lojas, entrou em contato com shoppings e visitou sites para conseguir o produto. Por enquanto, sem sucesso. A promessa é de que na semana que vem um novo lote do produto chegue às lojas de Curitiba. No Paraná, falta apenas a cadeirinha booster; as outras duas, para idades diferentes (bebê-conforto e cadeira de segurança) ainda são encontradas. Segundo o Departamento Nacional de Trân­sito (Denatran), em estados como São Paulo, Minas Gerais e Bahia a falta maior é da cadeirinha de segurança, para crianças de 1 a 4 anos. "Fiquei aliviado ao saber da prorrogação. Antes meus filhos andavam com o cinto de segurança, agora vamos comprar o equipamento porque é lei", diz Rocha.

Duas fábricas que produzem as cadeirinhas disseram que a procura foi muito maior do que a esperada. O representante da Galzerano em Curitiba, Edvino Jamielniak, conta que a fábrica chegou a encomendar uma pesquisa no mercado para saber quantas cadeirinhas teriam de ser produzidas antes de a lei entrar em vigor, mas aparentemente a pesquisa subestimou a procura. O proprietário da loja Baby Dreams House, Luís Miguel Sampaio, acredita que a falta do modelo booster tem uma explicação: os pais não querem investir em cadeirinhas que acompanhem o tamanho da criança, por isso acabam comprando o bebê-conforto, a cadeirinha de segurança e, quando a criança está um pouco maior, já colocam o cinto sem o assento de elevação; como antes da lei a procura era baixa, a oferta acompanhou a demanda. "Não sei se foi uma decisão acertada prorrogar a data, porque brasileiro sempre deixa para a última hora. Daqui a pouco chegam as férias de julho, e os pais não se preocupam em manter os filhos dentro do carro com segurança ao viajar", afirma Sampaio.

Ontem, na capital paranaense, agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba (Urbs) fizeram uma blitz educativa sobre o uso correto das cadeirinhas perto da Linha Verde e abordaram veículos em diversas situações: carros com crianças acomodadas adequadamente nas cadeiras e pelo menos um automóvel com duas crianças, uma de 5 e outra de 7 anos, que estavam soltas no banco de trás. A Urbs deverá continuar com ações de orientação até a lei entrar em vigor.

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