
Uma chance de sobrevivência: esse é o objetivo do banco de sangue canino particular que acabou de ser criado em Curitiba pela empresa PetTransfusion para auxiliar em situações de emergências veterinárias, já que a transfusão de sangue muitas vezes é a única alternativa para cães vítimas de atropelamento, intoxicação, câncer e doenças transmitidas por vetores (insetos ou animais).
O maior obstáculo a ser enfrentado pela iniciativa é que esse tipo de doação ainda não é prática comum entre donos de animais. O médico veterinário João Amádio, responsável pelo banco, explica que muitos cães morrem por não encontrar sangue armazenado disponível para transfusão já que, geralmente, quando um animal precisa de sangue, o dono procura por algum conhecido que tenha um cachorro grande que possa ser doador e a transfusão é realizada imediatamente.
"Nossa meta é suprir a necessidade de Curitiba e Região Metropolitana. Hoje, só aqui na Clinivet, onde a unidade do hemobanco foi instalada, temos uma demanda de 10 bolsas de sangue por mês", explica Amádio.
Além de evitar a morte de muitos animais, o centro de hemoterapia canina vai oferecer aos proprietários de cães sangue analisado e de procedência garantida. Já médicos veterinários terão acesso ao sangue completo ou aos derivados concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. É possível conservar o material entre 21 dias até um ano.
Rottweiler Fred inaugura o banco
Fred é um rottweiler de 2,5 anos de idade. O cão trabalha na Guarda Municipal de Curitiba e, na última quarta-feira (12), cumpriu seu dever de cidadão canino foi até o hemocentro doar sangue para seus pares. Os dez cães da GM (das raças labrador, pastor alemão, pastor belga malinois, rottweiler e gold retriever) tinham o hábito de doar quando algum hospital veterinário necessitava. A vantagem, agora, é a estocagem do material. "Os cães nem sempre estavam disponíveis para a doação", explica Carlos Moreira Flausino, supervisor da GM, que se tornou parceira do projeto.



