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O ritmo de expansão das matrículas em instituições públicas de ensino superior entre 2012 e o ano passado foi o menor já registrado desde 2009.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Educação, o Brasil tem 1.932.527 matrículas no ensino superior público - 35,1 mil a mais em comparação a 2012, o que corresponde a um crescimento de 1,85%. Entre 2011 e 2012, esse aumento foi de quase 7% (cerca de 124 mil matrículas a mais).

"Quando chegamos num determinado patamar, o ritmo tende a diminuir. É natural que ocorra isso, porque vínhamos de um volume de matrículas relativamente baixo [no início dos anos 2000]", disse o ministro Henrique Paim (Educação) em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (9).

Esta é a primeira vez, ao menos desde 2003, que há queda no número de ingressantes por processo seletivo em instituições públicas. Em 2012, foram 462 mil ingressos nessas unidades; no ano passado, foram 456,8 mil. Também foi registrada queda no número de novos alunos nas particulares.

Ao todo, o Brasil tem 7.305.977 matrículas em graduações, a maior parte delas no setor privado. A taxa de expansão do total de matrículas também registrou queda, chegando a um percentual mais baixo do que em anos recentes.

Entre 2012 e o ano passado, o crescimento das matrículas foi de 3,81%. No ano anterior, a expansão foi de 4,4%.

Ensino a distância

A modalidade de ensino a distância, por sua vez, segue em alta. Há uma década, graduações desse tipo representavam 1,26% do total de matrículas no ensino superior. Em 2013, o percentual chegou a 15,7%.

Ao todo, são 1,15 milhão de matrículas em cursos de graduação a distância, número 23 vezes maior ao registrado em 2012 (49,1 mil). "Quem oferece educação a distância são universidades, que, portanto, podem ter programas melhores e mais abrangentes. (...)É uma nova modalidade amadurecendo", disse Chico Soares.

Os cursos de licenciatura, no entanto, continuam com baixo índice de expansão. O número de matrículas subiu apenas 0,56% entre 2012 e 2013 (o percentual foi de 0,75% na comparação anterior). Em 2013, eram 1.374.174 matrículas em licenciaturas.

Resultado por áreas

O Censo mostra, ainda, que uma das áreas prioritárias do governo a das engenharias, conseguiu avançar mais rápido no governo da presidente Dilma Rousseff. As matrículas nas áreas de Engenharias, Produção e Construção, justamente as que foram avaliadas como as mais necessárias para o País, dada a falta de engenheiros e técnicos, cresceram 52% nos últimos três anos. O número de concluintes, 29%.

Ainda assim, uma comparação feita pelo próprio Ministério da Educação com a média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que o número de estudantes dessas áreas por 10 mil habitantes ainda é bem inferior dos países mais desenvolvidos. O índice de concluintes por 10 mil, de apenas 4, representa menos da metade.

A segunda área em que houve o maior avanço foi a de educação, com um aumento de 3,53% no número de matrículas por 10 mil habitantes e de 3,1% no índice de concluintes.

Os cursos de pedagogia são ainda os que dominam a área de educação, com 44,5% do número de matrículas. Em seguida, vem educação física, com 8,9%, e Biologia, Matemática e História, com cerca de 6% cada um.

Os maiores cursos, no entanto, continuam sendo Administração, com 800 mil alunos, e Direito, com 770 mil vagas. Pedagogia aparece em terceiro lugar e o primeiro da área de engenharias é a Civil, com apenas 3,5% das matrículas do País. Depois, em 10º, engenharia de produção, com 2%.

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