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Rio

Camaro de jogador do Corinthians é apreendido pela PF

Camaro foi encontrado na Barra da Tijuca, no Rio. Policiais suspeitam que veículo foi importado de forma fraudulenta

Policiais federais do Rio informaram na tarde desta quinta-feira (13) que localizaram e apreenderam o carro de luxo do jogador Emerson, o Sheik, do Corinthians. O veículo - um modelo Camaro, supostamente importado de forma fraudulenta - foi encontrado com outra pessoa na Barra da Tijuca. O novo proprietário do veículo seria um empresário. Emerson deverá ser ouvido nos próximos dias pela PF.

Já o banqueiro do jogo do bicho José Caruzzo Escafura, o Piruinha, que aparece nas investigações da Polícia Federal que levaram à operação Black Ops (expressão em inglês para operações clandestinas) será ouvido nesta sexta-feira pela PF, na Praça Mauá. Ele foi intimado ontem.

Piruinha, de 83 anos, está proibido de sair do país e terá de pagar R$100 mil de fiança, além de ter tido sequestrados todos os bens adquiridos desde 2006. Piruinha não teve a prisão decretada.

Policiais federais que investigam as atividades ilegais da Euro Imported Cars Veículos Ltda, do contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, filho de Piruinha, voltam às ruas atrás de pelo menos quatro veículos de luxo importados de forma fraudulenta e que estariam circulando no Rio.

A apreensão dos veículos foi decretada pela Justiça Federal. Um dos carros estaria em nome de uma empresa que atua na exploração de quiosques no Rio. Há também empresários e pessoas físicas sendo investigadas.

Dos 103 veículos de luxo importados ilegalmente dos Estados Unidos, num valor total estimado em R$30 milhões, a Receita Federal não conseguiu localizar 14. A determinação de ir em busca dos carros foi tomada durante uma reunião na Justiça Federal, entre juiz, procurador e policiais federais que atuam no caso.

Na semana passada, 12 pessoas foram presas, 44 veículos apreendidos e cerca de R$50 milhões em bens confiscados na operação Black Ops deflagrada na última sexta-feira. Em um ano, a Euro Imported teria importado vários veículos de luxo ilegalmente.

A investigação identificou três brasileiros e um israelense residentes na Flórida ( EUA) que agiam como dealers (negociantes). Eles registravam os veículos usados na Alfândega da Flórida e depois providenciavam a remessa deles com a documentação adulterada para o Brasil. No país, os veículos eram negociados como se fossem novos.

Sete empresas de fachada - três no Rio, duas em São Paulo, uma em Vitória (ES) e uma no Recife (Pernambuco -, operadas por "laranjas", negociavam os veículos com descontos incomuns no mercado. Em alguns casos, os carros eram vendidos por preços até R$150 mil abaixo do normal. Todas as empresas tinham ligação com a Euro. Sócios da concessionária e o próprio Haylton - que é considerado foragido - teriam sido os principais beneficiados pelo esquema. A organização criminosa seria financiada por contraventores ligados à máfia israelense, conhecida como Albergil Family, e estaria envolvida em lavagem de dinheiro da contravenção, exploração de máquinas caça-níqueis e tráfico de pedras preciosas. O dinheiro também era lavado através da compra de imóveis de luxo.

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