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O maior número de multas por excesso de velocidade em Curitiba ocorre em um trecho da Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, entre as ruas Paulo Gorski e Major Heitor Guimarães, nos bairros Mossun­guê e Campina do Siqueira. Os radares da via responderam por 14,2 mil infrações no ano passado. A média é de 39 multas por dia, cerca de 1,6 por hora. Se­­gundo a Diretoria de Trânsito da cidade (Diretran), em 2009 o mesmo equipamento se mantém como "campeão de multas". O número de infrações cometidas pelos condutores no local neste ano não foi informado, mas, de acordo com o órgão, a frequência é similar à de 2008.

A Ivo Zanlorenzi é a mesma via onde, na madrugada do dia 7 de maio, ocorreu o grave acidente envolvendo o então deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, que resultou nas mortes de Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos. Na ocasião, o radar mais próximo do local do incidente não detectou nenhum carro em uma das faixas da rua, inclusive o Volkswagen Passat dirigido por Carli Filho, que, segundo perícia do Instituto de Criminalística, estava a quase 170 quilômetros por hora. Naquele dia, desde as 14h04 até a meia-noite, o veículo do ex-parlamentar não foi captado por nenhum instrumento de fiscalização.

A diretora de trânsito da Urbanização de Curitiba (Urbs), Rosângela Batistella, defende que, no caso envolvendo o ex-deputado, existe a possibilidade de o seu veículo não ter passado pelo trecho da Ivo Zanlorenzi. Rosângela não considera os radares ineficientes e alega que a instalação de novos equipamentos, prevista para o início do próximo ano, busca justamente diminuir a possibilidade de falhas. "Vamos buscar sempre melhorias para aumentar a segurança de toda a população", declara.

Além da Ivo Zanlorenzi, outras sete vias abrigam os radares mais efetivos: Avenida Comendador Franco – a Avenida das Torres –, Rua General Mário Tourinho, Rua XV de Novembro, Avenida Presidente Kennedy, Rua João Gbur, Avenida Brasília e Avenida Victor Ferreira do Amaral. "A maioria dos locais nessa lista corresponde a vias rápidas, que estão mais propensas a esse tipo de infração. Por isso, acabam flagrando a maior parte dos motoristas displicentes", diz Batistella.

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