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Mayr Faccy, que disputou duas olimpíadas pela seleção brasileira de basquete, hoje é campeão master: “Se eu parar, estou fuzilado” | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Mayr Faccy, que disputou duas olimpíadas pela seleção brasileira de basquete, hoje é campeão master: “Se eu parar, estou fuzilado”| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Entrevista: "Pode ser uma caminhada. O importante é manter o corpo e a mente em atividade"

Leia a entrevista com José Candido Muricy, médico, empresário e basqueteiro. Preside a Associação Paranaense de Basquete Master

Ponta Grossa - Eles já passaram dos 60 e não param de ganhar medalhas. Os masters do esporte paranaense estão em vários esporte, como basquete, vôlei, natação, corrida de rua, tênis e golfe, entre outros, e não veem motivos para deixar as competições. Quem ousa desdenhar de suas qualidades técnicas que procure observar o desempenho e a história desses atletas. "Velhos não, são jovens coroas como eu", define o ex-jogador de basquete Mayr Faccy, que integrou a seleção olímpica brasileira entre 1952 e 1956.

Aos 82 anos e morando em seu rancho em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, Faccy aproveita uma visita ao museu organizado pelo seu filho, Marcos, para mostrar o que fez na carreira: foram duas olimpíadas, três panamericanos e três sul-americanos disputados. Foi campeão master pela seleção brasileira e dez vezes campeão dos Jogos Abertos do Paraná.

"Eu era conhecido como Gato Selvagem, porque aprendi a jogar sozinho, sem técnico. Jogava em todas as posições", conta Faccy, que se inspirava nas fotos publicadas em jornais para imitar os ídolos. Uma das principais lembranças foi a inauguração do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro em 1954, junto com a seleção brasileira.

Ainda nas quadras, ele segue jogando. "Eu mais corro atrás da bola", desdenha o campeão do torneio Embraed de Basket Master, em Santa Catarina, no ano passado. Além disso, Mayr Facci empresta o nome para o torneio realizado há 11 anos no Paraná, com times de masters de todo o país. "Se eu parar, estou fuzilado", brinca. Para Mayr, o segredo da vitalidade não é outro senão o esporte, que lhe garante a lucidez. "A mentalidade faz com que você sorria e o metabolismo acompanha o sorriso", garante.

Na corrida

Aos 60 anos e correndo melhor do que aos 40, quando começou, o promotor Luís Celso de Medeiros acredita que o maior investimento de quem pratica esportes é na saúde. "E isso se faz através do esporte. O atleta precisa de três coisas: alimentação, repouso e treinamento", considera, ressaltando os efeitos positivos da prática. Medeiros disputa corridas de rua de longa distância, no Brasil e em outros países. "Tenho índice nacional entre os primeiros e isso traz uma satisfação muito grande. A corrida traz um grande bem estar durante o treinamento", aponta. No do­­min­go passado, em Florianópolis, chegou em primeiro na categoria de 60 a 64 anos e em 29.º no geral.

Tudo começou há 20 anos, quando ele não conseguiu pregar o olho durante a madrugada. Estressado pelo trabalho, resolveu caminhar pelas ruas às 4 da manhã. "Dei uma corridinha e fui indo. Quando comecei a transpirar, me senti muito bem", lembra. Começou então a investigar os segredos da corrida e tornou-se atleta de competição. "A corrida rústica tem um diferencial: é o esporte mais democrático. Quem quiser participa, basta um tênis e um calção."

Tênis

Mais restrito, o tênis também mantém seus amantes em diversos pontos do estado. Os grupos são organizados a partir de clubes e se formam nos círculos de amigos. No Graciosa Country Club está o principal atleta brasileiro no esporte, Ílio Linhares, 71 anos. "Sou o número três no mundo, número um na América do Sul e primeiro no ranking nacional", orgulha-se. Para manter a posição, ele treina três vezes por semana. E haja disposição, já que ele tem pela frente uma verdadeira maratona: em abril estará em um torneio de masters em Buenos Aires e outro em Mar Del Plata. Depois, segue para Baden Baden, na Alemanha, e terá outros dois torneios na Áustria.

"Eu era jogador de futebol. Comecei no tênis com 38 anos e aos 45 nos torneios internacionais. São mais ou menos 600 troféus, não tem mais lugar na minha casa", conta o tenista. Atualmente, é o tênis que move Linhares, que fala como profissional. Aliás, é assim que ele encara o esporte. "Agora não tem como parar, senão caio no ranking e é difícil retornar. Então tenho que manter, para isso viajo seis meses por ano e nos outros seis, fico em Curitiba".

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