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Esporte

Canoagem do PR ganha fôlego com verba federal

Desenvolvida há 15 anos em Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro, iniciativa já atendeu mais de dois mil jovens

Projeto Pró-Remo carece de caiaques e dinheiro para viagens | Marco Martins/Gazeta do Povo
Projeto Pró-Remo carece de caiaques e dinheiro para viagens (Foto: Marco Martins/Gazeta do Povo)

Longe do programa "Se­­­gundo Tempo Navegar" desde 2012, um projeto que ensina canoagem a crianças de Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro, voltará a contar com verbas do governo federal. Os recursos fazem parte de um pacote de investimentos de R$ 1,6 milhão do Ministério do Esporte para o programa voltado ao ensino de esportes náuticos a estudantes do ensino médio e também ao "Vida Saudável", ação que oferece atividades físicas e culturais às pessoas da chamada terceira idade.

O projeto Pró-Remo existe desde 1999, quando a Associação Ribeirão-Clarense de Ca­­noagem (Arcca) foi criada, e já atendeu mais de dois mil jovens no Balneário da Cachoeira do Espírito Santo – um distrito de Ribeirão Claro. Segundo seus organizadores, porém, desde 2012 eles não vinham recebendo recursos do Segundo Tempo Navegar. Sem a verba, os R$ 12 mil mensais necessários para cobrir despesas com alimentação e transporte dos alunos, bem como o salário do técnico, saíam dos cofres do município e da associação local.

Nesta semana, o governo federal anunciou que repassará imediatamente R$ 131 mil para o desenvolvimento do programa no Paraná – metade do valor total do convênio. Segundo o Ministério do Esporte, a verba será suficiente para aulas técnicas e práticas a 300 crianças de Ribeirão Claro, Santa Helena e Paranaguá – 100 em cada município.

Descrença

Apesar da notícia, a secretária de Esportes de Ribeirão Claro, Edilaine Cavalhieri Faganelli, ainda tem dúvidas de que o dinheiro realmente chegará até a Arcca, já que, oficialmente, o projeto não é renovado desde 2012. "Em 2011, eu mesma montei um projeto solicitando auxílio em dinheiro para contratar mais um professor, um monitor e até reforma de caiaques, mas nunca obtive resposta", diz a secretária.

Nesse período, mesmo sem dinheiro, sobraram motivação e bons resultados dessa parceria entre prefeitura e associação. Além das duas mil crianças atendidas, o projeto também formou atletas com resultados internacionais – como os canoístas Fábio Figueiredo, 23, e Leandro Prado, 24, que juntos conquistaram cinco medalhas em uma competição que reuniu 35 países na República Tcheca no começo de 2014. Os jovens começaram a treinar no núcleo de canoagem quando a iniciativa fazia parte do Segundo Tempo Navegar. À época, eles ajudavam os pais na colheita do café. Hoje, já conseguiram trocar peneiras por remos.

Falta até caiaque no projeto, diz presidente de Associação

O presidente da Arcca, Ruy de Oliveira, conta que os caiaques usados nos treinamentos em Ribeirão Claro já estão ultrapassados. Essas embarcações para aprendizado custam, em média, R$ 2 mil. "Mas não sobra dinheiro nem para reformá-los", revela. Dos 37 caiaques disponíveis na associação, apenas 12 estão em condições de ir para a água.

Dificuldades

O instrutor do projeto, o professor de Educação Física Rodrigo da Silva, explica que sem equipamentos em condições ou em número suficiente a ampliação do projeto fica mais difícil. "Sem caiaques, por exemplo, o treinamento fica limitado. Temos que improvisar, revezar".

E você?

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