• Carregando...
Na cerimônia, presidente distribuiu cheques para dez cooperativas de mulheres com experiências classificadas como inovadoras | Antonio Cruz  / Agencia Brasil
Na cerimônia, presidente distribuiu cheques para dez cooperativas de mulheres com experiências classificadas como inovadoras| Foto: Antonio Cruz / Agencia Brasil

A presidente Dilma Rousseff lançou ontem um plano de combate à violência contra a mulher inspirado em um programa de El Salvador que prevê a construção de centros de atendimento chamados de Casa da Mulher Brasileira em todas as 27 capitais, no Distrito Federal e em nove cidades localizadas nas fronteiras. No Paraná, Curitiba e Foz do Iguaçu receberão as unidades do programa Mulher, Viver sem Violência.

Na cerimônia, em Brasília, prestigiada por várias autoridades, Dilma afirmou que o país, a sociedade e os governos precisam se aproximar, cada vez mais rápido, da tolerância zero em relação à violência doméstica. "Nós queremos, na verdade, que esse país tenha tolerância abaixo de zero, porque esse crime envergonha a humanidade", disse.

A Casa da Mulher Brasi­leira contará com serviços públicos integrados de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para o trabalho, emprego e renda. Dilma disse que o programa deve ter um forte componente cultural, mudando valores e reforçando a autonomia da mulher. "É uma casa de abrigo e de apoio, mas é uma casa de luta", disse. "A ideia é que este espaço se apresente como uma porta de entrada para as mulheres", explicou a secretária da Mulher de Curitiba, Roseli Izidoro, que esteve no lançamento.

Mortes e maus-tratos

Segundo o Mapa da Violência, publicado em 2012, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no país entre os anos de 1980 e 2010, tendo quase metade dessas mortes se concentrado apenas na última década. No ano passado, dez mulheres foram vítimas de maus-tratos a cada hora, segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).

De acordo com o governo, serão investidos R$ 265 milhões em dois anos para construir e manter os centros de atendimento integrado, ampliar a central de telefone de atendimento à mulher, fazer campanhas de conscientização e organizar atendimento humanizado em lugares como hospital, instituto médico legal e posto policial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]