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Mobilidade

Capital terá 1.ª ciclofaixa em 2011

Projeto prevê a instalação de cerca de seis quilômetros de espaço exclusivo aos ciclistas na Marechal Floriano Peixoto

Confira que a ciclofaixa vai beneficiar os ciclistas entre a Linha Verde e o terminal do Carmo |
Confira que a ciclofaixa vai beneficiar os ciclistas entre a Linha Verde e o terminal do Carmo (Foto: )

Pela primeira vez Curitiba vai re­­ceber uma ciclofaixa, espaço ex­­clusivo para bicicletas, separado por tachões e que fica ao lado da via usada por carros. O projeto será implantado na Avenida Marechal Floriano Peixoto – entre o Ter­­mi­­nal do Carmo e a Linha Verde (antiga BR-116) – e deve ter cerca de seis quilômetros de extensão. A ci­­clofaixa ficará entre os carros e a ca­­naleta do ônibus expresso, com 1,5 metro de largura, e vai ser instalada nos dois sentidos. "A intenção é de que num lado andem os ciclistas na direção Centro e, no outro, os que vão ao bairro", afirma a gestora de mobilidade urbana Olga Mara Prestes, da Urba­­nização de Curitiba (Urbs).

Ontem, no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curi­­tiba (Ippuc), foi assinado o convênio para dar início às licitações. O projeto das ciclofaixas faz parte do Plano Diretor Cicloviário de Curi­­ti­­ba, juntamente com o Sistema In­­tegrado de Mobilidade e é financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). O valor de todo o projeto é de US$ 2,1 milhões para a capital paranaense. Além da ciclofaixa, Curitiba vai usar o dinheiro para estudos e revitalização das ciclovias já existentes e ainda vai aplicar em um estudo de vulnerabilidade climática.

Antes das obras para a ciclofaixa, porém, o Ippuc anunciou que começará a revitalização da Mare­­chal nesse trecho, com a melhoria da pista de carros e das calçadas. No mês que vem deve ser aberta a licitação para essas obras, que serão bancadas com recursos municipais. O prazo previsto para o término da revitalização é o primeiro semestre do ano que vem, só depois disso as ciclofaixas serão instaladas. "É um projeto piloto e se der certo poderá ser ampliado para outros pontos ao lado de outras canaletas", afirma Olga.

O projeto de instalação da ciclofaixa prevê ainda uma segunda etapa: quando a primeira for en­­tregue, o Ippuc pretende ampliar o espaço exclusivo aos ciclistas do Terminal do Carmo até o Parque Iguaçu (no limite com a cidade de São José dos Pinhais), totalizando oito quilômetros de extensão – ainda sem previsão de data para co­­meçar. Neste trecho, por en­­quanto, os ciclistas terão de usar as calçadas ou a canaleta dos ônibus – como muitos já usam por falta de opção. "A intenção é terminar de interligar alguns pontos que não se comunicam, dos 100 quilômetros de vias cicláveis já existentes, revitalizar esta malha viária e ampliá-la para 300 km. Apostamos neste modal de transporte para o futuro. O veículo privado não é o mais adequado para as grandes cidades, pois traz prejuí­­zos também ao meio ambiente", diz o presidente do Ippuc, Clever Almeida.

Atualmente, cerca de 5% das pessoas usam diariamente a bicicleta de casa ao trabalho e vice-versa. Quem usar a ciclofaixa (de­­pois de pronta) sentido Centro de Curitiba terá de usar a ciclovia compartilhada da Rua Aluizio Finzetto, passando depois pelas ruas João Negrão, Conselheiro Lau­­rindo e, por fim, Mariano Torres pa­­ra chegar ao Centro. "Vamos re­­vitalizar este caminho, melhorar as sinalizações existentes. Isso é pri­­oritário. Depois vamos começar também uma campanha de conscientização de respeito no trânsito, entre pedestres, ciclistas e motoristas. Cada um vai ter de respeitar o espaço do outro", diz Almeida.

À parte deste projeto, foi lançado nesta semana o edital de licitação do projeto de revitalização e ciclovia para a Visconde de Guara­­puava. Mas ainda não há prazos para o início das intervenções.

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