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Caroline e a família na casa decorada para o carnaval em Matinhos | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Caroline e a família na casa decorada para o carnaval em Matinhos| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Decoração

Até a casa ganha fantasia carnavalesca

Decorar casas durante o Natal já é tradicional, mas que tal uma decoração de carnaval? Para Caroline Dib, de Jaguariaíva, a ocasião merece. Fã de carnaval desde criança, quando participava dos antigos bailes e competições de fantasia, ela providenciou três enormes adereços para enfeitar a sacada de sua casa de veraneio, em Matinhos.

"Gosto muito de carnaval e adoro a parte de decoração, das fantasias, por isso enfeito também a minha casa. As máscaras eu trouxe de São Paulo. E sempre trago um pendrive com muitas marchinhas e músicas antigas de carnaval para escutar em casa", revela, rindo. Proprietária de um posto de combustível, Caroline costuma enfeitar até mesmo as bombas de gasolina com motivos carnavalescos.

Apesar de gostar da comemoração, ela não costuma arrastar pé atrás dos trios elétricos. "Sou mais dos carnavais de antigamente, de trio elétrico não gosto muito. Mas eu levo meus filhos para assistir e conhecer um pouco do que tem hoje."

Em grupo

De dia, praia; à noite, trio elétrico

Sentados à beira da praia, devidamente abastecidos de uma caixa térmica com latinhas de cerveja, os Bittencourt e os Taques, de Ponta Grossa, aproveitavam o primeiro dia de sol e sossego no início de feriado prolongado de carnaval. As famílias se encontram em Matinhos há muitos anos e costumam pular carnaval juntas. Ao todo, somam 15 pessoas com idades que variam entre 16 e 65 anos. Todos com animação suficiente para seguir o trio elétrico noite adentro, garante Hamilton Taques, 64 anos. "Durante o dia, fazemos um sambinha. À noite, vamos para a rua ver os trios elétricos. Viemos por causa da praia, mas somos bom de festa também."

"Tô me guardando pra quando o carnaval chegar", já cantava Chico Buarque em 1972. O refrão bem poderia ser o lema da família Amâncio, de Curitiba: todos os anos, eles se reúnem para passar o carnaval em Caiobá, em Matinhos. A tradição iniciada pelo patriarca Dejalma, 70 anos, há mais de duas décadas conquistou descendentes e agregados. A cada ano o grupo aumenta. Dessa vez são 36 pessoas acomodadas na mesma casa por pelo menos dez dias.

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O tamanho da turma exige uma certa organização. E esses dias de carnaval compartilhados entre toda a família são planejados em detalhes com alguns meses de antecedência: quem vem, quando vem, onde vão dormir, o que vão comer e beber, atividades para a criançada – tudo é colocado na ponta do lápis. A tradição familiar mobiliza várias pessoas e tem um custo de aproximadamente R$ 18 mil, em média R$ 500 por pessoa. Esforço e investimento valem a pena, garantem, com convicção, todos os envolvidos.

"Nos preparamos o ano todo para esses dias, é nossa festa familiar. No Natal e Réveillon, cada um faz o que quiser, mas o carnaval é em família. Depois de tudo acertado, relaxamos e passamos os dias aqui rindo, descansando", diz Sandro Amâncio, um dos filhos de Dejalma, assíduo "desde que tinha cabelo", brinca passando a mão pela cabeça hoje sem um único fio.

Nos dias de carnaval, a família tem o hábito de circular pelas ruas e acompanhar, de leve, a movimentação típica da época. A festa mesmo é em casa, com o clássico churrasquinho acompanhado de uma caipirinha, uma boa música, todos reunidos. Dejalma observa satisfeito. "Sou o rei da turma! O carnaval é a data comemorativa da minha família e tenho sorte de ter uma assim, grande e unida."

Programação

Do interior à capital, passando pelo litoral, escolha onde sambar

A folia já começou. O carnaval agita boa parte do Paraná com uma extensa lista de programação. Neste sábado, por exemplo, acontece em grande parte das cidades um dos momentos mais aguardados da festa: o desfile das escolas de samba.

Caçula no grupo A do carnaval curitibano, a Imperatriz da Liberdade entrará na avenida com 377 pessoas divididas em 15 alas e três alegorias. A expectativa do carnavalesco Fábio Bento é de que a escola consiga mostrar um trabalho inovador. "A gente quer fazer bonito. No mínimo queremos nos manter no grupo A no próximo ano", diz. A escola irá homenagear a história e o uso de praças públicas de Curitiba, do Brasil e também de outros países.

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