Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Curitiba

Carros com rastreadores fazem ladrões mudarem de tática

Desde que alguns carros passaram a ter rastreadores via satélite, os ladrões começaram a usar esconderijos dentro da cidade para despistar a polícia

Por meio de denúncia anônima, a Polícia Militar chegou neste domingo (9) a uma suposta oficina mecânica, no bairro Alto Boqueirão, que estava escondendo carros roubados para serem levados ao desmanche. Foram encontrados no local dois veículos: uma Ecosporte e uma Meriva. Segundo o escrivão da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, André Tenereli, desde que alguns carros passaram a ter rastreadores via satélite, os ladrões começaram a usar esconderijos dentro da cidade para despistar a polícia.

"Eles levam os carros para estes locais, deixam os veículos parados por algumas horas e, depois, conduzem para outro local. Somente quando têm certeza de que a polícia não vai localizá-los, levam para o desmanche", explica Tenereli.

A Ecosporte foi roubada no sábado, na Vila Fanny. Um homem armado desceu de um automóvel Fiat Uno e deu voz de assalto ao motorista: o proprietário, até o início da noite de domingo ainda não havia sido localizado pela polícia, apesar de ter feito o boletim de ocorrência sobre o roubo.

A Meriva foi roubada na terça-feira (4), no Novo Mundo , quando dois homens andavam pela rua Américo Vespúcio e deram voz de assalto ao motorista. "Aparentemente não há um padrão no modo de agir destes ladrões. O homem encontrado na suposta oficina diz que foi contratado para fazer a lataria dos veículos, talvez ele seja um laranja ou, até mesmo, pode ser inocente", afirma Tenereli.

A suposta oficina funcionava há menos de um mês na Rua Hilda Amaral Visinone. Os vizinhos dizem que o local era estranho e suspeito. "Falavam que era uma oficina mecânica, mas ela nunca abria para o público. Vi cinco carros diferentes entrando ali", afirma uma mulher que mora nas proximidades, mas que prefere não ser identificada.

Morte depois de roubo

No sábado, por volta das 20h30, o policial militar Sergio Neves, 42 anos, foi atingido por cinco tiros depois que se negou a entregar o carro Gol que estava dirigindo. Ele foi levado ao Hospital do Trabalhador, mas morreu domingo pela manhã por causa de complicações no estômago.

O roubo aconteceu no bairro Pinheirinho: dois homens, um deles armado, abordou Neves na entrada da Igreja Menonita, onde ele costumava ir. Outros policiais militares encontraram, neste domingo, o carro do PM e o suposto assaltante que baleou Neves. Ele foi preso e conduzido à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.