A organização criminosa mexicana para a qual Ernesto Plascência San Vicente trabalha, o cartel Juarez, é apontada pela Polícia Internacional (Interpol) como uma das maiores responsáveis pelo tráfico de cocaína do México para os Estados Unidos. Segundo o delegado da Polícia Federal Fernando Francischini, a exportação da cocaína do México para os Estados Unidos é feita com o auxílio de aviões Boeing 727.
As toneladas do entorpecente traficadas justificam o lucro mensal da quadrilha, de cerca de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 438 milhões). Parte desse dinheiro era investido em empresas brasileiras controladas por Plascência e retornava para contas bancárias em paraísos fiscais. Uma das principais contas do cartel já tem R$ 1 bilhão bloqueados e estaria em nome de doleiros de São Paulo. "Já identificamos outras dez contas na Holanda, Estados Unidos, Ilhas Cayman e Curaçao que serão bloqueadas", conta Francischini.
A polícia norte-americana oferece uma recompensa de US$ 5 milhões (quase R$ 11 milhões) para a pessoa que entregar o mexicano Vicente Carrilo Fuentes, apontado como líder do grupo. Ele teria assumido o posto depois que o irmão Amado Carrilo Fuentes morreu durante uma cirurgia plástica para alterar as características faciais. A polícia tenta descobrir a quantas plásticas Plascência já foi submetido. Outro mexicano apontado como um dos líderes do cartel é Carlos Collin Padilha. Ele está preso no México e era uma das pessoas com quem Plascência mantinha contato. (JO)
