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A reportagem da Gazeta do Povo esteve ontem à tarde no endereço em que Zeni Zavelinski morava, no Centro de Curitiba. No apartamento em que vive o casal com quem ela vivia, ninguém atendeu o interfone. Um vizinho disse apenas que a polícia esteve no local durante a se­­mana e que tinha levado Zeni embora. Preferiu não dar mais detalhes nem se identificar.

Uma pessoa que trabalha perto do local conta que conversava quase todos os dias com Zeni. "Ela reclamava que apanhava, que era acordada com um balde d’água e que não deixavam ela procurar a família", diz, também preferindo não dar seu nome. "Estava sempre com medo, dizendo que não podia demorar, senão o serviço iria atrasar."

No fim da tarde de ontem, a reportagem conseguiu contato por telefone com o aposentado que mantinha Zeni em sua casa. Ele pediu para não ter o nome revelado e negou as acusações de maus tratos e de que a mantinha em cárcere privado. "Ela estava há uns 30 anos com a gente. É considerada da família. Só que ela tem uns problemas mentais, andou conversando na rua e os guardas a levaram. Não soube se explicar", diz. "Era bem tratada, tinha o quarto dela e a televisão."

O aposentado negou que Zeni ficasse presa, que trabalhasse na casa e que fosse impedida de procurar a família. "Isso não procede. Ela fazia compras junto no mercado. Tinha outras empregadas, ela era considerada de casa", garante. "A gente não sabe se (a família) morreu ou não. Ela tentou (localizar), mas não teve notícias, outros tentaram para ela em Guarapuava." Segundo ele, Zeni morava com a mãe de sua mulher. O aposentado disse que, se Zeni quiser, poderá voltar. "Ela será bem recebida", disse. (GV e JML)

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