Um casal de idosos foi assassinado na madrugada desta segunda-feira (8) na residência onde morava, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), dois homens teriam invadido a casa, localizada na Rua Rio Solimões, no Jardim Weissópolis, por volta das 4h50. Idalécio dos Santos e Etelvina dos Santos, ambos de 64 anos, foram mortos com um tiro na cabeça cada, segundo a PM.
De acordo com o investigador Wellington Nunes, da Delegacia de Pinhais, os bandidos fugiram do local sem levar nada. Na fuga, os criminosos ainda balearam no braço a filha do casal, de 42 anos, que foi levada por uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) ao Hospital Cajuru, em Curitiba, consciente e sem risco de morrer.
No início da manhã, Nunes contou à reportagem que a polícia tinha informações de que a família sofria ameaças por ajudar nas investigações do caso da morte do neto, ocorrida em 2005. "A fachada da casa onde eles moravam está cheia de perfurações de tiros", contou.
O superintendente da delegacia de Pinhais, Ninrod Valente, entretanto, afirma que essas informações são extraoficiais. "Existem esses boatos que chegaram até a polícia por terceiros, mas os familiares não nos relataram oficialmente", diz. "Ainda estamos levantando como foi que o neto do casal morreu e o que tem ocorrido desde então". Valente, no entanto, suspeita que a morte do neto foi por envolvimento com drogas.
Segundo Valente, pelas características do crime, pode-se afirmar que o assassinato desta madrugada foi uma execução.
Investigações
A polícia continua as investigações sobre a morte do casal e ninguém foi preso ainda. "Já temos o apelido de uma pessoa que pode ter participado do crime. Na terça-feira (9) vamos ouvir o restante da família, mas segundo as primeiras informações colhidas no local do homicídio, a filha baleada afirmou que viu o assassino, mas não o reconheceu", explicou o superintendente Valente.
De acordo com Valente, a família registrou um boletim de ocorrência na delegacia em 2006, no qual afirma que sofreu ameaças. "Na época, um pessoal de motocicleta passou atirando contra a casa", disse Valente.



