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Denúncia

Caso do padre causa polêmica

A Arquidiocese de São José dos Pinhais rebateu ontem as denúncias feitas por famílias que acusam um padre de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, de ter abusado sexualmente de crianças e adolescentes. A Arquidiocese informou que não há prova materiais, indícios ou fundamentos que sustentem as denúncias. A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) esclareceu em nota que as denúncias que acusam o sacerdote estão sendo investigadas pelo Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) e que, por enquanto, não existem provas suficientes que confirmem a suspeita. Ainda assim, ontem à tarde, uma família compareceu ao Nucria e afirmou que um menino de 9 anos teria mantido relações sexuais com o padre.

De acordo com o ecônomo da Arquidiocese, padre Aleixo de Souza, a prisão do religioso foi equivocada. "Não houve um procedimento judicial que sustentasse a prisão do padre e por isso ele foi liberado. Não há provas de nada. Os policiais não tinham autorização da Justiça para invadir a casa do sacerdote", afirmou. Sobre supostas fotos de crianças encontradas no computador pessoal do acusado, Aleixo contou que os materiais não comprovam nada. "Existem outras pessoas que convivem com o sacerdote e que tem acesso ao computador", disse.

Por enquanto, a delegada que conduz o caso não irá se pronunciar para não atrapalhar as investigações. Já o soldado Walmir Cardoso da Silva, que fazia parte do 12.º Batalhão da PM, foi afastado do posto por ter, segundo a Sesp, se precipitado na divulgação de informações ainda não comprovadas pela polícia.

Na tarde de ontem, um garoto de 9 anos, acompanhado da família compareceu ao Nucria e disse que sofreu abuso sexual pelo religioso várias vezes. "Ele levava a gente para uma sala que fica na parte debaixo do altar e deixava os meninos pelados e dava beijos. Na chácara, o padre levava a gente pra jogar bola, videogame e depois fazia sexo com a gente. Ele colocava alguma coisa no refrigerante e ficávamos todos tontos", relatou o menino. O garoto ainda contou que era ameaçado, caso revelasse qualquer coisa à família.

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