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Virada Cultural

Cauby e Ângela recontam a MPB

Dupla de intérpretes (e amigos) se apresenta hoje, às 21 horas, na Boca Maldita, durante a 3ª Virada Cultural

Cauby Peixoto e Ângela Maria: história viva da música brasileira | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Cauby Peixoto e Ângela Maria: história viva da música brasileira (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

"A música não é velha ou nova. Ela é boa ou não é. Quando é boa, não envelhece nunca. Ou nós não estaríamos aqui", filosofa a cantora Ângela Maria. A observação valeu um beijo do amigo Cauby Peixoto. "É isso mesmo, eu sempre aprendo com ela", reconheceu o "professor", dono da voz aveludada mais marcante da música brasileira.

Cauby e Ângela chegaram ontem à noite a Curitiba. Hoje, às 21 horas, os dois fazem o espetáculo principal da 3ª Virada Cultural. No palco armado na Boca Maldita, no centro, percorrem grande parte da história da música brasileira. Dos tempos do rádio até os dias atuais.

Cauby explica que eles se conheceram nos anos 1950, nos corredores da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. O show será "uma celebração" das seis décadas das respectivas carreiras cujas trajetórias sempre se encontraram. "Em razão afinidade musical e da grande amizade", dá a receita a cantora, "a Sapoti", apelido que recebeu do então presidente Getulio Vargas em 1951. "É uma frutinha da minha cor (mostra a pele do braço), carnuda, apetitosa e doce como o mel. Aqui não tem ? ", brinca com o repórter.

Ambos se disseram "em casa" em Curitiba. "Tenho grandes amigos, fazia serestas pelas ruas nos anos 60", lembra Cauby. Ele também recordou um show no Teatro Paiol, na década de 80 em que seu baterista morreu em pleno no palco, vitima de um infarto fulminante.

Para Ângela, a cidade é "ainda um modelo para o Brasil e para o mundo". Mesmo que o avião tenha que ter esperado para descer no Afonso Pena. E que a van que os trouxe ao hotel tenha ficado presa na Avenidas das Torres. "Pelo jeito tá como o Rio, tudo bagunçado por causa da Copa. Mas vai ser bom para todo mundo".

Elegância

Vestido com um paletó de couro de cobra, camisa preta estampada e cintilante, Cauby teorizou sobre sua famosa (e exuberante) elegância: "Acho que é pela minha altura. Com este porte tudo cai bem", avaliou.

Cauby riu ao tentar contabilizar quantas vezes já cantou o samba-canção "Conceição" (gravado em 1957). "Muitas vezes. As pessoas ligam a musica ao cantor", disse. "Mas é muito bom para um cantor ter um sucesso, mesmo que seja um só. Nós dois temos muitos."

À vontade no sofá do hall do hotel, os dois competem em elogios recíprocos. "Ela tem a voz mais linda do mundo. Melhor que a da Barbra Streisand", elogia Cauby.

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