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Policiamento

Cavalaria colabora com o trabalho policial

Animais auxiliam tanto no policiamento comunitário quanto em operações de choque. Regimento da PM oferece tratamentos de equoterapia no bairro Tarumã, em Curitiba

Não são apenas os cães que auxiliam os policiais militares; os cavalos também têm dado sua colaboração. O 2º Tenente Rafael Kowalski, relações públicas do Regimento de Polícia Montada do Paraná, explica que entre as vantagens do uso da cavalaria está a visibilidade: o policial pode ver e ser visto mesmo acima de um muro, por exemplo. "Se ganha também em mobilidade, pois locais onde uma viatura não entra ou onde andar é difícil nossos cavalos vencem sem problemas", explica Kowalski.

As montarias ainda auxiliam no policiamento comunitário, pois, segundo relatos de policiais, os animais chamam a atenção da população, que se aproxima e isso melhora o relacionamento com a polícia.

Os cavalos empregados no policiamento ficam no máximo seis horas por dia em ação, considerando o também seu transporte. Além disso, passam 40 minutos montados e 20 em descanso. O policiamento em eventos é uma das ações na qual os cavalos são mais úteis, como em jogos de futebol, além de festas de grande porte. Há também a preferência do cavalo no uso de policiamento de choque.

O vínculo dos policiais com suas montarias tende a se consolidar rapidamente. "Os policiais ficam responsáveis pelos cuidados com seu animal. Para trabalhar na cavalaria tem de se aperfeiçoar não só na equitação, mas aprender a conviver com o cavalo, cuidar da higiene, lidar em momentos de estresse, como movimentação excessiva e barulhos", esclarece o tenente Kowalski. O nome dos animais que nascem no regimento sempre começa com a primeira letra do nome do comandante da unidade.

Equoterapia

O Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio, no bairro Tarumã, conta com um programa de equoterapia que atende tanto policiais militares e seus familiares como a comunidade em geral. O trabalho existe desde 2004, quando foi criado o Centro de Desenvolvimento e Pesquisas "Soldado Josué Cipriano Diniz", com sede na própria unidade. Mas a atividade de equoterapia existe desde 1996, quando alguns policiais tomaram a iniciativa de atender algumas pessoas.

Atendendo de segunda-feira a sábado, o Centro hoje tem uma fila para a entrada de pelo menos 200 pessoas, de acordo com o Comandante do Terceiro Esquadrão de Polícia Montada e coordenador do Centro, Carlos Assad Mady. "A equoterapia é uma modalidade terapêutica e educacional. Tratamos crianças e adultos com problemas neurológicos, musculares e esqueléticos, portadores da Síndrome de Down e vítimas de traumas na medula", conta o comandante.

O Centro tem duas equipes formadas e usa três cavalos. Cada uma das equipes tem um fisioterapeuta, um condutor do cavalo e um auxiliar de montaria. A duração do tratamento varia de acordo com a melhora da patologia, que segundo Mady é rápida e com resultados surpreendentes.

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