A ocupação dos hotéis de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, se aproxima de 90% neste feriado prolongado de réveillon. Nos quatro dias de folga, cerca de 80 mil pessoas vão ocupar os mais de 22 mil leitos de hotéis, motéis, albergues e pousadas disponíveis na cidade, segundo cálculo do trade turístico local.
Entre os visitantes, os brasileiros são responsáveis por quase a totalidade das reservas. Além dos atrativos turísticos, as opções de compras no Paraguai e os pacotes promocionais para quatro dias, incluindo a ceia da virada e jantares temáticos, são o carro-chefe do destino nesta época do ano.
As tradicionais festas de ano-novo são também grandes responsáveis pela alta procura. Antes restritas aos hotéis de luxo da cidade, passaram a ter versões menos sofisticadas, mas que agradam àqueles que querem aproveitar o feriado para viajar e desfrutar de uma ceia de fim de ano diferente. "Nos últimos anos, a tradição ganhou réplicas para atender turistas de todos os bolsos e gostos", diz o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Carlos Silva.
Cerca de 90% dos visitantes são brasileiros que viajam com a família, a maioria de estados como o Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. "Os brasileiros estão podendo viajar mais e valorizando os destinos do próprio país. Percebemos também que a cada ano os turistas que escolhem Foz do Iguaçu estão vindo de mais longe, como muitos que teremos de Cuiabá, por exemplo, a 1,4 mil quilômetros de distância", afirma Silva. Parte deste fenômeno recente se deve à ascensão das classes C e D e à alta do dólar, que atrai mais brasileiros.
A proximidade de casa, a qualidade dos serviços e a reunião na mesma cidade de duas "maravilhas mundiais" as Cataratas do Iguaçu e a Itaipu Binacional são algumas das razões que fazem o casal Graziele Tescke e Elemar Hartmann, de Curitibanos (SC), viajar a cada três meses para Foz. "Adoramos a cidade, moramos a 640 quilômetros, o que facilita a viagem de carro, e só aqui podemos apreciar esta variedade de atrativos turísticos", diz o engenheiro agrônomo.
