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norte do paraná

Cemitério tem 500 túmulos abandonados em Londrina

Levantamento parcial da Acesf mostra que há muitas sepulturas em péssimo estado de conservação. No Cemitério Padre Anchieta, 103 donos de jazigos perderam a concessão de uso e terrenos foram retomados pela prefeitura

Aproximadamente 500 túmulos estão abandonados, em ruínas, no Cemitério Jardim da Saudade, na zona norte de Londrina. Os números são uma parcial do levantamento realizado pela Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf). Se os proprietários não regularizarem a situação eles terão a concessão de uso revogada pelo município. Este semana, a Acesf revogou a concessão de 103 jazigos do Cemitério Padre Anchieta, zona leste.

Além do Jardim da Saudade, funcionários do órgão também estão fazendo o levantamento no Cemitério São Pedro, área central. Segundo a diretora da Acesf, Luciana Viçoso, as pessoas adquirem o título perpétuo do terreno, mas é preciso manter os túmulos em bom estado de conservação. "Em alguns cemitérios há sepulturas com rachaduras, expondo os ossos. Quando é constatado o abandono, o local volta para a administração municipal", disse.

A diretora da Acesf orientou os donos dos jazigos irregulares a providenciar as obras de melhorias, para não correr o risco de perder o direito de uso do terreno. A fiscalização será realizada em todos os cemitérios da cidade.

Novas vagas

O primeiro resultado efetivo dessa fiscalização foi a revogação da concessão de 103 terrenos no Cemitério Padre Anchieta. Depois de quase um ano do início do processo administrativo, os donos desses túmulos não responderam aos editais da Acesf e perderam o direito de usar o local.

De acordo com a diretora Luciana Viçoso, os jazigos serão reformados pelo órgão e colocados à venda. Quando forem comercializados, os ossos que estão sepultados no local serão retirados e transferidos para um ossário. "Aguardamos todos os prazos, publicamos editais e, das 240 notificações, essas 103 não providenciaram as melhorias. Com isso, retomamos os terrenos."

A diretora da Acesf disse que o cemitério sofria com a falta de novas vagas. Ela explicou que a única alternativa para as famílias não perderem o direito de manterem a sepultura é comprar novamente o terreno.

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