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“Os clientes mudaram nos últimos dez anos: são exigentes, comparam honorários e buscam mais referências em termos de marca jurídica.” | Foto: Divulgação
“Os clientes mudaram nos últimos dez anos: são exigentes, comparam honorários e buscam mais referências em termos de marca jurídica.”| Foto: Foto: Divulgação

Como se comportou o mercado jurídico em 2010? Este foi um grande ano para os em­­preendedores do Direito e acredita­mos que 2011 será ainda mais po­deroso. Algumas áreas tiveram que­das, como o chamado "contencioso de volume", pois as grandes empresas começaram uma campanha para redução de honorários e políticas internas que atrapalharam milhares de bancas pelo país. Por outro lado, tivemos crescimento em áreas do Direito como ambiental, entreteni­mento, esportivo, novas tecnologias e também segmentos como o ramo farmacêutico, que envolvem toda uma cadeia de fornecedores. No Paraná, o mercado de infraestrutura está a se desenvolver em alta velocidade.

Quais são as perspectivas do mercado jurídico para o ano que vem?

Destaco o mercado de projetos financeiros para empresas, compra e venda de negócios. E, na área bancária, atuação no crescente endividamento dos brasileiros pessoa física (R$ 502 bilhões) e pessoa jurídica (R$ 499 bilhões). Ou seja, há oportunidades para a advocacia empresarial, sindical e de pessoa física. É preciso estar antenado. Somente a área de previdência privada irá crescer mais de 1.383% até 2030. Áreas como previdenciária, ambiental, mercado de carbono, telecomunicações, entretenimento e infraestrutura serão as estrelas.

De que maneira os escritórios e advogados podem se preparar para os próximos anos?

Desenvolvendo uma equação de alinhamento entre gestão de pessoas, finanças, marketing jurídico e produção jurídica (controladoria). A integração em geração de conhecimento tangível com a busca por segmentos é perfeita. Ou seja, tornar a marca jurídica extremamente conhecida em setores como construção, saúde e varejo, que serão campeões de crescimento. O segredo é posicionar a marca em nichos específicos como expertise, ao invés de tentar ser um generalista para todas as áreas tradicionais e para todos os segmentos. Os clientes mudaram nos últimos dez anos: são exigentes, comparam honorários e buscam mais referências em termos de marca jurídica. O boca a boca ainda funciona, mas não como no passado. É preciso ser criativo e inovador e sair da zona de conforto.

Alguma dica específica para os escritórios paranaenses?

Gostaria que nossos advogados de ponta ousassem mais. Chega de timidez! Temos excelentes escritórios no Paraná, mas falta a agressividade na produção intelectual da equipe, já que estamos a falar sobre gestão. Outra questão é que as bancas comecem a preparar mecanismos de sucessão, para que durem dezenas de anos. Discutir o negócio jurídico (e planejá-lo) é tão importante quanto o saber jurídico.

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