
Foi divulgado ontem o laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo feito no corpo do cantor Chorão, que foi encontrado morto em 6 de março no seu apartamento na Zona Oeste da capital paulista. O exame toxicológico do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo do músico apresentava 4,7 microgramas de cocaína por mililitro de sangue.
Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi overdose de cocaína "intoxicação exógena devido à cocainemia", nas palavras do laudo. A overdose era uma hipótese considerada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os depoimentos da ex-mulher do vocalista e dos integrantes do Charlie Brown Jr. confirmaram que o cantor fazia uso de entorpecentes.
O corpo do artista foi achado caído por um segurança e um motorista dele, no imóvel que mantinha em Pinheiros no dia 6 de março. Peritos também encontraram pó branco e caixas de medicamentos e bebidas espalhadas no local, que estava parcialmente destruído.
Alexandre Magno Abrão tinha 42 anos e era cantor e letrista da banda de Santos formada em 1992 junto com Renato Pelado, Marão, Champignon e Thiago Castanho. Ele foi o único integrante que permaneceu no grupo em todas as fases.
No dia em que o corpo de Chorão foi encontrado, uma centena de fãs chegou a se reunir na Praça do Gaúcho, no bairro São Francisco, em Curitiba, para homenagear o vocalista. A Praça do Gaúcho é famosa por abrigar a pista pública de skate mais antiga da cidade, inaugurada em 1978. Além da música, o skate era uma das paixões de Chorão.



