Os três rapazes e as duas duas garotas da foto são considerados por seus colegas os crânios da turma. Lidiane Ribeiro Giugni, do Acesso; Vicente Mazzaro Filho, do Bom Jesus; Bruno Batistone Bertachi, do Positivo; Renato Lorena Gomes, do Decisivo, e Daniela Pavin, do Expoente, são os alunos com as melhores notas nos vestibulares simulados de algumas das melhores escolas de Curitiba, o que os credencia a sonharem com o admirado título de primeiro colocado no concurso mais disputado do Paraná. Os perfis desses jovens são diferentes do famoso CDF que nunca fez nada além de estudar: um é ex-jogador de futebol de salão, outra considera que teria desempenho melhor se não tivesse de trabalhar o dia inteiro para sustentar-se na cidade e nenhum deles é originário da capital. Em comum, além do desempenho nos simulados, o curso escolhido. Todos concorrerão a uma vaga em Medicina no vestibular da Universidade Federal do Paraná, que começa hoje.
Quatro deles já tentaram antes o mesmo curso e foram reprovados. Seus adversários agora além do nervosismo e da ansiedade, inimigos de todo vestibulando são as deficiências que eles próprios detectaram no seu desempenho passado. Para vencê-las submeteram-se a uma rotina que inclui pelo menos três horas por dia de estudo fora das salas de aula. Disciplina e dedicação, admitem, foram fundamentais para os resultados que obtiveram até agora. E não poderia ser diferente. Medicina é o curso mais concorrido do vestibular deste ano, com 31,7 candidatos por vaga.
Segundo a reitora em exercício da UFPR, Maria Tarcisa da Silva Bega, os futuros calouros de Medicina geralmente estão entre os que se destacam nos resultados. "Os candidatos de Medicina sempre obtêm os maiores escores", disse nesta semana durante entrevista coletiva.
Os feras ainda não possuem um projeto de vida definido, e apenas dois deles arriscam em dizer qual especialidade seguir dentro da Medicina. Lidiane pensa em ser psiquiatra, enquanto Renato, ainda sem muita convicção, sente-se inclinado pela Neurologia. Os outros preferem pensar na carreira quando estiverem dentro da faculdade dizem ainda ter uma visão muito "superficial" da profissão. A reportagem da Gazeta do Povo conversou com eles e mostra como se prepararam para as provas de hoje.



