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| Foto: Rodrigo Mexas/Fiocruz Imagens

Cinco novas mortes por dengue foram confirmadas em Paranaguá, no Litoral do Paraná, pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesa). O dado consta no novo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (23). O número total de casos no estado já chega a 11 (nove em Paranaguá, uma em Curitiba e uma em Foz do Iguaçu).

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Até semana passada, seis mortes tinham sido confirmadas pela Sesa – aquela que ocorreu em Foz do Iguaçu, a de Curitiba e quatro em Paranaguá. Os números podem subir, pois outros 11 óbitos estão em investigação - nove em Paranaguá, um em Cascavel, no Oeste, e um em Sarandi, no Norte do estado.

Casos devem aumentar até março

De acordo com a Sesa, a curva epidemiológica ainda está em ascensão e deve atingir o seu pico em março ou abril. De acordo com Ivana Belmonte, essa previsão leva em consideração dados de anos anteriores, quando o aumento do número de casos acontecia em dezembro e atingia o seu pico em abril ou maio.

Em 2015, epidemias começaram a se instalar ainda em novembro. “A antecipação dos casos de epidemia mostram que o pico da curva epidemiológica deve ser atingido mais cedo este ano”, disse. A chefe da Sesa ainda afirma que, por não existir vacina contra a doença, deve existir um intenso trabalho para a eliminação do mosquito Aedes aegypti . “É importante que as pessoas trabalhem na eliminação dos focos do mosquito. É o que podemos fazer no momento e é este elo que precisa ser eliminado”.

De acordo com a chefe do Centro de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, os casos confirmados são em sua maioria antigos e foram confirmados pelos novos exames do Lacen-PR, que também devem confirmar os novos 11 casos investigados. Segundo ela, o número de situações confirmadas é preocupante, mas ainda é cedo para a determinar a causa deste aumento. “Existem estudos que mostram que os casos mais graves acontecem quando o sorotipo do vírus circulante se modifica, o que não aconteceu em Paranaguá, por exemplo. Ainda é cedo para fazer afirmações”, disse.

A mudança de sorotipo é importante para a instalação de casos mais graves da doença, já que, depois de ser picado pelo Aedes aegypti e pegar a dengue, o paciente não fica doente novamente - a não ser que exista um novo sorotipo em circulação. “Se a pessoa pega a doença de novo o sorotipo é diferente e o quadro da doença se agrava”, explicou.

Os casos confirmados de dengue no Paraná subiram 33% em uma semana, passando de 5.541 para 7.360. O número de cidades com epidemia de dengue também aumentou, passando para de 15 para 16. O município de Jataizinho, no Norte Pioneiro, foi incluído na lista, junto com as cidades de Rancho Alegre, Munhoz de Mello, Paranaguá, Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Mamborê, Cambará, Tapira, Itambaracá, Santa Isabel do Ivaí, Serranópolis do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Nova Aliança do Ivaí, Foz do Iguaçu e Guaraci. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera situação de epidemia quando mais de 300 casos são confirmados para cada 100 mil habitantes.

Paranaguá vive uma epidemia de dengue desde o dia 5 de janeiro, quando o número de casos notificados da doença era 491. O novo boletim divulgado mostra que o número de casos notificados chegou a 5.185 desde agosto de 2015 - 1.739 foram confirmados e são autóctones, quando o paciente contrai o vírus na própria cidade, e 704 foram descartados.

Oito gestantes com zika

Também foram confirmados 36 novos casos de zika vírus, oito deles em gestantes. Cinco mulheres grávidas da cidade de Colorado, no Norte do estado, foram diagnosticadas com zika durante a gravidez e uma delas já teve o bebê. Ivana Belmonte afirmou que a mãe do recém-nascido foi contaminada pelo zika vírus no final da gravidez e que a criança não foi diagnosticada com microcefalia. “Esta mãe e o seu filho estão sendo acompanhados pelas equipes de saúde, mas até agora nenhuma anormalidade foi constatada”, comentou. Outras gestantes dos municípios de Foz do Iguaçu, Rancho Alegre e Santa Helena também estão sendo acompanhadas pelo programa Mãe Paranaense.

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No total, são 84 casos do vírus desde agosto de 2015 – 32 autóctones, isto é, o paciente contraiu o vírus na própria cidade, e 38 importados, quando a pessoa visitou outros municípios com casos confirmados da doença. De acordo com a Sesa, 14 outros casos estão em investigação para determinar a origem do vírus.

Chikungunya

Desde agosto, o Paraná totalizou 14 casos de chikungunya no estado - 12 importados e dois autóctones, registrados nos municípios de Mandaguari e Rancho Alegre, ambos na região norte.

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