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Leoa apreendida: vida em cativeiro inibiu desenvolvimento dos animais | Daniel Derevecki
Leoa apreendida: vida em cativeiro inibiu desenvolvimento dos animais| Foto: Daniel Derevecki

Uma força-tarefa integrada por orgãos estaduais, federais e municipais retirou cinco leões abrigados em condições precárias pelo circo Cassaly, instalado em Antonina, e multou o estabelecimento por maus-tratos. Os animais foram recebidos no início da noite de ontem no zoológico do Parque Iguaçu, em Curitiba, onde permanecerão até que se defina a logística de transferência para seus novos lares: os dois machos seguem para Volta Redonda, no Sul fluminense, e as três fêmeas para Pomerode, em Santa Catarina.

A denúncia de uma organização não-governamental de Paranaguá levou o Ibama e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) ao circo há dez dias. Um laudo, emitido pela UFPR, constatou os maus-tratos, autorizando a saída dos animais e a aplicação de multa no valor de R$ 6,5 mil por maus-tratos e outras irregularidades. A ação foi articulada numa ação conjunta entre o Ibama, a Força Verde, o IAP, a UFPR e as prefeituras municipais de Antonina e Curitiba.

De acordo com o Superintendente do Ibama do Paraná, José Álvaro Carneiro, existem linhas especiais de crédito para que os circos se reorganizem e deixam de utilizar os animais nos espetáculos, seguindo o exemplo de grandes companhias mundiais, como o Cirque du Soleil.

Todos os animais estavam na fase adulta, mas três deles apresentavam tamanho inadequado para a idade – cerca de seis anos. "Eles foram mal-alimentados por muito tempo e tiveram pouco espaço para se exercitar, o que inibiu o crescimento", explica a coordenadora do Núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Eunice de Souza. "Além disso, estão com os pêlos ralos e numa coloração apagada, situação típica de animais que foram mal-alimentados ou que não receberam comida por muito tempo."

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