O clima ainda é de muito medo nas favelas de Santa Teresa e do Catumbi onde seis pessoas foram mortas durante tiroteios no fim de semana. Na manhã desta segunda-feira, no primeiro dia útil após os confrontos, as ruas estão vazias. Mesmo com o policiamento reforçado os moradores ainda temem nos tiroteios. Policiais do Batalhão de Choque são vistos circulando pela região e parados em pontos-chave, como na Rua Itapiru, no Catumbi, e no Largo do França, na Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa. PMs estão em busca de uma residência no Morro do Fallet onde bandidos estariam escondidos.
Fernanda Andrade, de 32 anos, queria comemorar o Dia das Mães com um churrasco em sua casa, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, mas não pôde sair de casa com medo dos tiroteios que começaram no início da manhã deste domingo:
“Fiquei trancada em casa o dia inteiro, escondida. O jeito foi fazer um escondidinho de carne seca com batatas. Um cardápio bem apropriado para a situação que vivemos”, disse Fernanda, que mora com a filha Blenda, de um ano e dois meses, o marido é um irmão.
A doméstica Deise Lopes, de 40 anos, chegou para trabalhar numa casa da Rua Almirante Alexandrino e estranhou as ruas vazias.
“Moro em Campo Grande e sempre que chego para trabalhar esta rua costuma estar cheia de gente. Olha como está vazia hoje. Minha irmã mora no Fallet e me orientou a andar rápido na rua, ficar atenta a tiroteios e para não sair do trabalho à toa. Estamos todos com medo”, disse Deise.
Apesar do clima de medo guias turísticos trabalharam normalmente. Um grupo de turistas estrangeiros foi levado para conhecer o Projeto Mourinho, em Santa Teresa. Não sem antes ser levado para ver a vista das favelas em confronto. A guia turística preferiu não dar entrevista nem se identificar.
O comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa/Fallet/Fogueteiro informou, por meio de nota, que não foram registrados confrontos na madrugada desta segunda-feira na região. O policiamento segue reforçado por tempo indeterminado pelo Comando de Operações Especiais (COE), que inclui a participação do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) realizam patrulhamento nos acessos.
Um dos seis mortos no fim de semana foi o jovem Diego Lunière, de 22 anos, baleado na manhã de domingo no Morro da Coroa, em Santa Teresa. Diego era cantor de rap e estava na comunidade visitando o pai. O jovem será enterrado às 16h30m desta segunda-feira, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O rapaz foi ferido no pescoço e morreu a caminho do Hospital municipal Souza Aguiar.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Proposta do Código Civil chega nesta quarta ao Senado trazendo riscos sociais e jurídicos
Método de aborto que CFM baniu é usado em corredor da morte e eutanásia de animais
Deixe sua opinião