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A administração do Colégio Adventista, onde Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, foi morto por um disparo, provavelmente acidental, na quarta-feira (29), em Embu, na Grande São Paulo, confirmou, por meio de nota à imprensa, que realizou uma reunião com os pais de alunos nesta segunda-feira (4), um dia antes de a escola ser reaberta para que as aulas sejam retomadas. O responsável por um dos alunos afirmou que clima na reunião foi de apreensão por parte dos pais.

De acordo com a assessoria do colégio, cerca de 90% dos pais e responsáveis dos estudantes estiveram presentes. Na reunião, os pais foram informados de todas as providências tomadas depois do ocorrido e sobre o andamento do inquérito na polícia. Os pais dos alunos também puderam se manifestar e dar sugestões.

Desde quarta-feira, a prioridade da diretoria tem sido o atendimento aos pais, professores, funcionários e o apoio ao trabalho das autoridades. A escola confirmou ainda que o atendimento psicológico e multiprofissional continua à disposição dos alunos e dos pais que necessitarem, segundo a nota.

Também ficou definido que a turma do 4º ano, do período da manhã, terá atividades em outro espaço, com atendimento especializado. A sala de aula onde o menino foi baleado seguirá interditada por prazo indeterminado, segundo a nota. "Vamos continuar nos empenhando ao máximo para que esta fatalidade chegue ao esclarecimento total e o mais rápido possível", disse o diretor do colégio Alan Fernandes, ao término da reunião.

O comerciante Nivaldo Burim, de 59 anos, avô de um aluno de 9 anos da escola, participou da reunião e afirmou que há um clima de apreensão por parte dos pais, mas que não houve discussão com os administradores da escola. "As pessoas estão recebendo as informações de modo civilizado. Não houve bate-bocas. Pudemos dar sugestões e pediram para que fosse aumentada a segurança, mas não tem como garantir 100% de segurança", afirmou.

Segundo o comerciante, o advogado do colégio relatou aos pais e responsáveis o que consta dos autos do inquérito e até mesmo apontou as eventuais falhas que teriam sido cometidas pela administração. "Mas não afirmou que houve falhas da escola. Ele foi claro e disse que ninguém está se omitindo", contou Nivaldo.

Nivaldo propôs a criação de uma comissão de pais para poder fazer um acompanhamento do caso até que toda a situação seja esclarecida. "Seria uma comissão para observarmos melhor a escola, o entorno dela, o comportamento dos alunos. No código de ética, quando fizemos a matrícula de nossos filhos, diz o que os pais têm de assumir, o que os professores têm de assumir, o que a escola tem de assumir. É só cada um cumprir o que assumiu", finalizou.

Um colega de classe de Miguel é o principal suspeito da polícia para o tiro disparado dentro da sala de aula. As aulas já tinham acabado quando professores e funcionários ouviram o barulho de um tiro e encontraram Miguel já baleado dentro de uma sala de aula, sozinho. Os próprios funcionários da escola levaram Miguel até um hospital particular.

O menino entrou na emergência em estado de choque e chegou a passar por cirurgia, mas morreu. Os policiais já ouviram 40 pessoas, inclusive os pais do menino suspeito, que negaram ter arma em casa. O revólver, calibre 38, utilizado no disparo ainda não foi encontrado.

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