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Cidadania

Clima de Curitiba deixa Marcha pela Paz vazia

Cidade participa de evento mundial pela não violência iniciado na Nova Zelândia. Mas chuva deixa passeata reduzida a apenas 50 pessoas

Cartazes pedindo fim da violência foram exibidos durante passeata em Curitiba: hoje evento segue para Foz do Iguaçu e Florianópolis | Giuliano Gomes/Gazeta do Povoo
Cartazes pedindo fim da violência foram exibidos durante passeata em Curitiba: hoje evento segue para Foz do Iguaçu e Florianópolis (Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povoo)

Cerca de 50 pessoas participaram ontem da Marcha Mundial pela Paz e Não Violência em Curitiba. Os organizadores esperavam receber pelo menos 150 integrantes, mas não contavam com a chuva. O mau tempo pode servir de explicação para o baixo quórum em uma comparação com outras cidades do Brasil: Recife (mil integrantes), Salvador (mil pessoas) e Rio de Janeiro (700 participantes). Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) assinou convênios de ações que disseminam a cultura da não-violência, além de receber a comitiva da marcha. A caminhada partiu da Praça Santos Andrade e foi até na Boca Maldita, onde houve discursos e apresentações culturais. Hoje, o evento segue para Foz do Iguaçu e Flo­rianópolis e parte, em seguida, para Porto Alegre.

Iniciada na Nova Zelândia em 2 de outubro, data instituída pela ONU como Dia Internacional da Não Violência, a marcha já passou por cerca de 90 países e mais de 100 cidades em cinco continentes. Ao todo, serão cerca de 160 mil quilômetros percorridos, com um objetivo principal. "É um sinal para a reflexão. Trata-se do primeiro passo para criar uma cultura de paz, que precisa ser construída", explica Jacqueline Melo, única representante brasileira da equipe base, grupo de voluntários que acompanha o projeto até seu destino, a cidade de Punta de Vacas, na Argentina, em 2 de janeiro de 2010.

Futuro

Apesar de os objetivos do grupo parecerem impossíveis diante da realidade brasileira, Jacqueline afirma que a construção dessa consciência já começou. "Fomos recebidos por governantes de países que perceberam a necessidade de se inverter a lógica do investimento em armas. Tanto é que a Costa Rica, por exemplo, não tem Exército", diz. Porta-voz do evento no Paraná, Régis Garrett afirma que é possível criar essa mentalidade, assim como ocorreu com a questão ambiental. "Há alguns anos, não era uma preocupação. Hoje, as crianças já falam em conservação", diz.

Mesmo com o baixa mobilização, os integrantes da Marcha dizem que há motivos para celebrar. "Essas pessoas vão começar a transmitir a nossa mensagem", afirma Irene Poli, integrante italiana da equipe base do projeto.

Serviço:

Outras informações sobre a Marcha Mundial pela Paz e Não Violência podem ser encontradas por meio do site www.marchamundial.org.br.

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