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Operários a serviço da Polícia Federal colocam pacotes de cocaína em esteira que leva o material ao forno da indústria de cimento | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Operários a serviço da Polícia Federal colocam pacotes de cocaína em esteira que leva o material ao forno da indústria de cimento| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Incineração da maior apreensão de cocaína da história da Região Sul é feita em Rio Branco do Sul, região de Curitiba

  • Carregamento de cocaína apreendida chega a Rio Branco do Sul, onde foi incinerado na tarde desta sexta-feira (6)

Foram incinerados na tarde desta sexta-feira (6) pela Polícia Federal, no forno de uma indústria de cimentos, em Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, os 3.778 quilos de cocaína apreendidos na tarde de quinta-feira (5) no Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, na maior apreensão da droga da história da Região Sul, a segunda do Brasil. A carga estava escondida em cinco contêineres com madeira vindos do interior de São Paulo e tinham como destino a Romênia, país do leste europeu.

A droga chegou durante a manhã de sexta-feira à Superintendência Regional da PF no Paraná, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, onde uma amostra foi retirada para análise laboratorial. Os laudos deverão sair em uma semana e deverão indicar o grau de pureza e a origem. De acordo com o delegado Wagner Mesquita de Oliveira, que chefiou a operação em Paranaguá, a carga apreendida não veio de um único fornecedor. "Pelas características, a droga veio em mais de um carregamento para cá", disse. Segundo ele, no entanto, a origem de todos os lotes provavelmente é a Colômbia, indício levantado pelos símbolos que estavam nos pacotes, utilizados por cartéis que vendem a droga na América do Sul.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal divulgou que a empresa exportadora responsável pelos contêineres de cocaína realizou oito remessas de cargas de madeira nos últimos dois anos para diversos pontos do mundo. A PF informou, entretanto, que ainda não está confirmado o envolvimento desta empresa no tráfico de drogas.

Segunda maior apreensão do Brasil

A apreensão das quase quatro toneladas de cocaína foi realizada pela PF em parceria com a Interpol e a Receita Federal, e é considerada a segunda maior já feita em território brasileiro e a maior do Sul do Brasil. Se vendida, a droga poderia render de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões. A PF instaurou inquérito para apurar as responsabilidades sobre a carga, mas até a noite desta sexta-feira ninguém havia sido preso.

A cocaína, de alto grau de pureza, estava embalada em tabletes escondidos no meio de uma carga de madeira e distribuída em cinco contêineres. A mercadoria era de uma empresa de São Paulo, cujo nome não foi divulgado, e embarcaria para a Romênia, no leste europeu.

De acordo com o delegado da PF Wágner Mesquita de Oliveira, por causa do grau de pureza, as quase quatro toneladas poderiam ser transformadas em até 26 toneladas da droga pronta para o consumo. "A cocaína que chega às ruas recebe lidocaína e outros elementos. A cocaína aprendida aqui era pura", disse. Segundo ele, o carregamento provavelmente seria redistribuído da Romênia para outros países. "Nosso cálculo é de R$ 20 por grama. Mas é complicado dizer que valor essa carga teria na Europa." Na Romênia, estima-se que um quilo da droga valha US$ 80 mil.

Uma carga similar de cocaína, de 1,2 tonelada, também em contêiner, havia sido interceptada na quinta-feira passada na Romênia, fazendo com que a quadrilha passasse a ser monitorada pelas polícias dos dois países.

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