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Atualizada em 20/03/2006, às 16h00

Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba entraram em estado de greve na manhã desta segunda-feira. Na assembléia, realizada às 7h, os dois mil trabalhadores - de forma unânime - aprovaram um prazo de 72 horas para iniciar a paralisação. Desta maneira, na quinta-feira o serviço de varrição e coleta será interrompido por tempo indeterminado em todos os bairros de Curitiba, caso não se avance na negociação salarial mantida com a empresa Cavo, responsável pelo serviço em Curitiba.

A reivindicação dos trabalhadores, segundo Manassés Oliveira - presidente do Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná) -é de um reajuste de 16,57% nos salários (o mesmo do salário mínimo nacional) e 25% nos tickets (alimentação e refeição), porém a empresa Cavo ofereceu aumento de 7,5% tanto no salário quanto nos tickets - índice rejeitado pelos trabalhadores nesta segunda-feira durante assembléia.

Segundo Manassés, o salário do varredor iria de R$ 443,65 para R$ 517,16 e o do coletor aumentaria de R$ 502,17 para R$ 580,66. Quanto aos tickets, o valor subiria de R$ 252 para R$ 316,25 (alimentação + refeição).

Os trabalhadores alegam que a proposta da Cavo é inferior aos 8,57% fechado pela Convenção Coletiva de Trabalho - que atende 45 mil trabalhadores do Paraná. E muito aquém ao reajuste conquistado pelos trabalhadores de São José dos Pinhais - região metropolitana de Curitiba - que tiveram aumento de 10%.

O supervisor operacional da Cavo, Ricardo Cortez de Sousa, disse que a empresa já foi informada da recusa dos trabalhadores da proposta patronal. Segundo ele, a Cavo deve apresentar uma nova proposta. "A Cavo está estudando uma nova proposta que agrade a ambos", disse.

A respeito da possibilidade de greve na coleta de lixo da capital, Sousa explicou que o sindicato agiu conforme a lei: "Eles marcaram a greve com 72 horas de antecedência, como manda a lei." Porém, o supervisor acredita que não deve haver a paralisação dos trabalhos.

O Siemaco informou que está aberto para negociar e que considera uma proposta razoável um aumento de 10% nos salários e 16% nos tickets. "É uma proposta intermediária, mas levaríamos para os trabalhadores analisarem", disse o presidente do sindicato. Esta proposta foi a mesma oferecida e aceita pelos trabalhadores de São José dos Pinhais e Londrina (Norte do estado).

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