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Creio que todos nós temos, em determinado momento, dificuldade de encontrar as palavras adequadas para expressar exatamente o que desejamos. Às vezes estamos escrevendo e simplesmente não achamos aquela palavra adequada, perfeita, que traria precisão ao nosso texto. Essa angústia, embora comum a quase todas as pessoas que escrevem com frequência, parece ser mais aguda a milhares de vestibulandos diante de uma proposta de redação.

Na semana passada, por exemplo, um garoto que vai tentar a UFPR me enviou e-mail no qual dizia que sua professora de Português reclama que ele tem um "vocabulário muito pobre" – uma das causas de suas notas baixas nas redações. Ele me pergunta, então, se vale a pena comprar uma gramática para melhorar o vocabulário. Vejam só: nunca é demais ter uma boa gramática para consultas. Mas, considerando o diagnóstico da professora, a questão é de outra ordem. As gramáticas, não é preciso dizer, não ajudariam na melhora do vocabulário desse vestibulando (e de todos os demais), sobretudo quando consideramos as propostas de redação dos mais importantes vestibulares do país.

Como regra geral, é bem mais produtivo investir na leitura de materiais diversificados: filosofia, história, sociologia, artes, literatura etc. Em boas revistas, jornais, sites com ótimo conteúdo informativo e por aí afora. As propostas do Enem, por exemplo, focam questões atuais, que permeiam o cotidiano dos adolescentes de todas as classes sociais. Aí não faz sentido procurar em uma gramática a diferença entre objeto direto e objeto indireto.

Ter um vocabulário adequado para situações "críticas" como uma redação de vestibular não significa o domínio absoluto de todas as áreas do conhecimento. O importante é que o candidato saiba se expressar com clareza conforme o tema cobrado.

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