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Há quem diga que a onda de indignação contra a Copa do Mundo mostra que o brasileiro não aprendeu a hora oportuna de se manifestar. Que os protestos deveriam ter sido feitos lá atrás, quando a candidatura do país foi apresentada e uma mobilização nacional poderia fazer o presidente recuar. Essa não é a avaliação da professora Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski, coordenadora do Núcleo Curitiba do Observatório das Metrópoles. "Por que razão isso não foi desencadeado em 2007? Porque naquele momento não se tinha a real noção de tudo o que aconteceria", afirma. Ela lembra que várias obras de mobilidade em Curitiba prometidas para o mundial foram deixadas para trás – ou melhor, para frente, por falta de tempo hábil e dinheiro. Entre elas estão o metrô e o corredor metropolitano, com vias que integrariam municípios da região metropolitana.

Bola para fora

Além do cancelamento de obras que trariam ganhos para o conjunto da cidade, Olga ressalta que houve uma inversão da ordem de prioridades para os municípios. "Temos uma série de carências na cidade. Por isso, um viaduto estaiado, a R$ 120 milhões, para mim, é um abuso", avalia ela, que é colaboradora do Comitê Popular da Copa em Curitiba, organização formada por movimentos sociais e pesquisadores para denunciar violações de direitos decorrentes da realização dos jogos. Em resumo: a Copa era um pênalti marcado a favor do Brasil. Mas o país perdeu a chance de fazer um gol. E você, o que acha? Ainda vale a pena protestar? Escreva para entrelinhas@gazetadopovo.com.br

Unidos pelo Lucas

A dificuldade para correr e subir escadas e a alta frequência de quedas do filho Lucas chamaram a atenção da comerciante Mariana da Silva Machado. A comparação com o comportamento do irmão mais novo, que fazia todas as atividades sem dificuldade, motivaram Mariana e o marido a procurar um diagnóstico para o filho, na época com 5 anos. Foram várias consultas até um especialista diagnosticá-lo com Distrofia de Duchenne. A doença degenerativa é caracterizada pela ausência de uma proteína que é essencial para a integridade muscular. Sem cura, Lucas, hoje com 7 anos, toma remédios corticoides para controlar as inflamações. Ele tem uma órtese, para deixar seu pezinho para frente, e em longas caminhadas conta com ajuda de um andador.

Esperança

Embora a doença não tenha cura, pacientes estão conseguindo bons resultados fazendo tratamento com células-tronco, não disponível no Brasil. Mariana conheceu a história de um menino de Irati, de 12 anos, que fez o procedimento na Tailândia e "congelou" o desenvolvimento da doença. Foi um sopro de esperança para a família, que agora corre atrás de ajuda para conseguir financiar a terapia. Para isso, uma mobilização começou via Facebook na última semana. Na página Unidos pelo Lucas (www.facebook.com/unidospelolucas), a família pede doações. Em poucos dias, juntaram pouco dos US$ 26 mil necessários para o tratamento, mas encontraram muita solidariedade. Dois artistas plásticos, um de Joinville e outro de Curitiba, ofereceram telas para leilão.

Visita ao cemitério

Estão abertas as inscrições para a visita guiada ao Cemitério Municipal São Francisco de Paula, o mais antigo de Curitiba, fundado em 1854. A expedição terá cinco edições gratuitas, nos dias 31 de maio e 2, 3, 4 e 5 de junho. Durante duas horas, a presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, Clarissa Grassi, vai mostrar aos visitantes detalhes da simbologia das esculturas usadas para ornamentar os túmulos. Inscrições: mase@smma.curitiba.pr.gov.br. Basta enviar: nome completo, data de nascimento, RG e telefone para contato.

Colaborou: Fernanda Trisotto

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