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Coluna do Malu

As artes do Gerson Gebert

O médico Gerson Gebert e o advogado José Maria Garmatter são amigos de longos anos. Contam que o Gerson, conhecido como "Boca Santa", quando exercia sua profissão no Hospital de Clínicas, estava agendando uma operação no seu dileto amigo, e, no dia combinado para regularizar a papelada, preparou-lhe uma "daquelas".

Gerson havia pedido à sua secretária, que era também enfermeira, que não deixasse ninguém entrar sem aviso prévio, pois estava terminando de preparar a internação do Garmatter.

Nisso entra, sem qualquer aviso, o Garmatter. Gerson olhou com cara feia e perguntou:

– Quem é o sr. e o que quer, que entra sem se anunciar?

Garmatter sentiu a gozação e respondeu:

– Eu sou oficial de justiça e vim trazer uma intimação do juiz de menores, pois o sr. é acusado de abusar de uma menor.

A enfermeira assistiu boquiaberta à acusação e saiu imediatamente do consultório.

Gerson não perdeu a esportiva e retrucou:

– Você é um bobo mesmo. Essa senhora que estava aqui é quem estava tratando da sua internação. Agora vai ser difícil conseguir a sua operação gratuita.

Elton "desapertou-se" – O gaúcho Elton Martins, representante de uma grande empresa multinacional do ramo de odontologia, estava hospedado num Flat durante um congresso de odontologia em São Paulo. O aposento, que possui três quartos e dois banheiros, estava ocupado por ele e mais dois companheiros.

Depois de um dia exaustivo, os três chegaram juntos ao hotel ávidos por um bom banho. O Elton, que estava com uma ligeira indisposição intestinal, dormiu no ponto e ficou na espera de vagar um dos banheiros.

Sentindo que sua indisposição estava ficando fora de controle, correu para a cozinha, onde "improvisou" uma lixeira, devidamente protegida com um saco, e fez o que tinha de fazer com urgência.

Depois mostrou seu talento gauchesco e explicou-se perante seus companheiros:

– Bah...guris! Tive de ir aos pés, né? Mas... a pressão ficou tão forte que fui ao lixo mesmo, tchê!

Os vinhos estranho – Conta o Poti, uma das figuras assíduas da Boca Maldita de Curitiba, que sua irmã Tânia Tavares – mãe da Manuela, sua afilhada – era presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia, após seu último encontro dos CRBs, em Brasília, o pessoal foi jantar em um restaurante finíssimo.

Tânia e um outro participante, sentado ao seu lado, pediram uma salada e, logo em seguida, o garçom trouxe os talheres e duas garrafas. Uma amarela e outra avermelhada. Tânia perguntou ao colega se ele tinha pedido vinho. Ele disse que não. Perguntaram, então, ao garçom se eles haviam pedido vinho. Ele confirmou que não. Indagaram então ao garçom se o vinho era uma sugestão ou se alguém tinha oferecido.

O garçom gentilmente explicou:

– A garrafa amarela é azeite de oliva e a avermelhada é vinagre balsâmico!

Esportivamente, todos da mesa riram do mico que o Poti agora espalha.

O jogador de damas – Há uns 30 anos, um repórter da nossa Gazeta do Povo namorava uma advogada que tinha um apartamento de frente para a Praça Tiradentes, no segundo andar. Ele era miudinho e ela bem fornida. Uma noite foram jantar, tomaram umas e outras, ele bem mais que ela. Voltaram ao apartamento e ele quis bancar o romântico e pegou-a nos braços, como se fora um noivo na noite de núpcias. Ela adorou o gesto do galã.

Só que ele, já mamado, cambaleou, tropeçou no tapete, desequilibrou-se e largou a infeliz pela janela que naquela altura estava aberta. A advogada caiu do segundo andar em cima de um automóvel. Teve fraturas. Veio a polícia e lá foi o nosso repórter preso. Para seu azar, o delegado de plantão era seu único inimigo. Ele salvou-se da cana imediata graças à união dos repórteres, que foram diretamente ao secretário de Segurança, o coronel Ítalo Conti, apelar pela soltura do companheiro.

Tudo esclarecido, como um lamentável acidente, ao nosso repórter restou, por um bom tempo, agüentar o apelido que lhe deram:

– O jogador de damas...

Greca e o show do Beto – O então prefeito Rafael Greca pensou em realizar um grande show, para comemorar os 300 anos de Curitiba. Desde outubro de 1992, quando foi eleito, até sua posse em janeiro de 1993, visitou uns 30 empresários para conseguir patrocínio para trazer o cantor Carreras.

Com um deles manteve, mais ou menos, o seguinte diálogo:

– Quero trazer um grande show. Tentei o Pavarotti e o Plácido Domingos, mas eles não têm data disponível, mas consegui o Carreras.

O empresário mostrou-se surpreso e indagou:

– Mas o Beto canta?

– Que Beto? perguntou o Greca. Não conheço nenhum Beto!

– O Beto dos cavalos! Respondeu o empresário.

– Mas o Carreras nunca lidou com cavalos, retrucou o prefeito.

– Vou não! Está me vendendo jogador de futebol. O show tem de ter cavalos!

Depois dessa, Rafael desistiu, pois estava tentando vender o José Carreras, um dos mais famosos tenores do mundo e o homem pensando que ele falava do Beto Carrero, dono de circo.

Mitch, o corretor zoológico – Ivan Marques – já falecido – anos atrás foi uma revelação no futebol paranaense, tendo jogado no Atlético e no Coritiba – era filho do procurador do estado Dr. Pedro Marques, um homem sisudo e muito reservado.

Uma tarde, Ivan levou à sua casa o Mihai Nicolae, conhecidíssimo como "Mitch Boy", que foi, durante muitos anos, amigo e cozinheiro dos empresários Celso Frare e Ítalo Trombini, o Lolô.

O dr. Pedro perguntou o que o "Mitch" fazia.

– Corretor zoológico... – respondeu o Ivan.

Depois que ele foi embora, o dr. Pedro indagou:

– O que faz um corretor zoológico?

Resposta do Ivan:

– Corretor do jogo do bicho...

A coluna é dedicada ao dedicado, atencioso e competente médico cardiologista do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, o jovem Hermínio Haggi Filho.

Truta frita

É um peixe delicioso e que não precisa muito tempero. Só sal e limão. E explico porque da afirmação. Tenho um irmão, o Haroldo, que é um pescador fanático do Pesque e Pague. Um dia, me pediu para preparar o peixe:

Enquanto ele se distraía olhando as paisagens da chácara, fiz o peixe. Gostou tanto que quis saber quais os temperos usados. E expliquei:

– Sal, limão e farinha de mandioca. Seque bem o bicho eviscerado, salgue de leve e borrife com limão. Salpique com a farinha de mandioca e frite em fogo médio. O chef Ivo Artur recomenda que o óleo para frituras pode ser o de canola, que deixa o produto mais dourado.

Há outros peixes que podem ser fritos da mesma maneira. Em vez da farinha de mandioca, pode usar trigo peneirado, que deixa o peixe crocante. Desde que frito em bastante óleo.

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