Quem conta é o Patrício Caldeira de Andrada: ídolo do Coritiba na década de 60, depois de pendurar as chuteiras o saudoso Ariel Dalabona mostrou-se um exímio comerciante. Em Guaratuba montou uma bem-estruturada loja para banhistas alugarem desde cadeiras e guarda-sol, até calções e maiôs. Esses últimos, depois de lavados, ficavam expostos ao sol para secar e após preparados para o processo de desinfecção. Amigos de velhos e bons tempos, o advogado Ariel Ventura sempre que podia passava pela loja para bater um bom papo com o Dalabona. Ao avistar os calções e maiôs pendurados, o advogado, mostrando seu bom humor, perguntou se "eles estavam ali para serem "esterilizados", ao que o não menos gozador Dalabona respondeu: "Quer o quê? Exposição ao sol e sal matam qualquer micose e até bicho de pé".
Ney e Jamur
Fui durante algum tempo jornalista no Palácio Iguaçu e convivi com o ex-governador Ney Braga de quem recebi, sempre, a maior atenção. A propósito, lembrei de uma história deliciosa de um encontro dele com o jornalista Jamur Junior. Paulo Pimentel sucedeu Ney Braga no Governo e logo em seguida ficaram estremecidos. À época, Jamur era apresentador do " Show de Jornal ", na TV Iguaçu, de propriedade de Pimentel, e volta e meia alfinetava o ex imitando inclusive sua voz. Contam que o Ney ficava aborrecido e prometeu "pegar" Jamur. Pouco depois Ney foi nomeado ministro da Educação e as relações com Paulo voltaram às boas e num fim de ano Ney foi ao Palácio Iguaçu para os cumprimentos tradicionais. Formou-se uma fila e o Jamur estava lá. E o Ney cumprimentando um a um, até que chegou a vez de Jamur.
Expectativa geral, mas para a surpresa de todos Ney dá um longo abraço no suposto desafeto e sussurrou algo ao seu ouvido. Ney foi embora e os curiosos cercaram Jamur para saber o que tinha falado. E Jamur contou:
Como vai seu "turco" f.d.p... Disse Ney.



