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Coluna do Malu

O “jornalista” Derosso

Num almoço realizado nos salões do Paraná Clube para recepcionar um dos candidatos presidenciáveis, estavam mais de 3.500 pessoas espalhadas em diversas mesas. Na parte da frente foram separadas algumas com o aviso: Imprensa.

O ex-vereador João Derosso – pai do atual presidente da Câmara Municipal – viu as cadeiras vazias e se sentou numa delas. Logo em seguida foi advertido por uma moça da coordenação do evento e o alertou que ali era restrito aos jornalistas.

O vereador Mário Celso, atento, interveio afirmando:

– Você não conhece o seu João? Ele é diretor da Folha do Xaxim.

A moça desculpou-se e saiu de fino.

***

A irritação do Rui Demeterco – O meu prezado amigo Rui Demeterco detesta, como eu, almoçar ou jantar em lugares onde as bandas não têm "si mancol" e arrebentam os ouvidos dos pobres comensais, achando que estão brilhando com o som lá nas alturas que impedem qualquer conversação.

Pois conta o seu sobrinho Pedro Correa Oliveira que, anos atrás, foram comer costela no Costelão da Amizade, que era na Colônia Murici, e com eles estava o publicitário Ubiratan Lustosa.

Pois lá estava uma das barulhentas. O Rui azedou e, gentil como sempre foi, chamou o garçom e mandou servir uma cervejinha para os músicos, imaginando que, enquanto eles tomavam as loirinhas, teria alguns momentos de paz.

Mas os artistas sorveram num gole as "suadas", pegaram seus instrumentos, chegaram ao lado da mesa do Rui e anunciaram que iriam homenagear o gentil cliente. E dá-lhe som.

Rui riscou do seu caderno o tal do Costelão.

Mais ou menos mil alqueires – O Walmir Calvetti, o Mame, ex-gerente do Banestado, aposentado, adquiriu uma chacrinha em Piraí do Sul, pelos lados do Campo da Lança, conforme conta o auditor e contabilista Luiz Fanchin Júnior.

Walmir instalou alguns tanques para criação de peixes. Numa roda de amigos, tomando umas cervejas, perguntaram onde era a chácara e ele explicou. Indagaram o seu tamanho e ele respondeu:

– Está "perto" de mil alqueires!

Os interlocutores exclamaram:

– Nossa! Mas é grande a tua chácara. Isso já é uma fazenda!

O Mame corrigiu:

– Não! É que sou vizinho de uma fazenda que tem mil alqueires e eu estou bem próximo dela...

Salsinha – Conta o Patrício Caldeira de Andrada que o Nicolau Salomão Neto aproveitou sua estada em Florianópolis e foi visitar o amigo Mauro Carrara Bernadino, que o convidou para jantar. No cardápio, salsichas de uma marca famosa e que disputa o mercado com outra concorrente não menos famosa.

Ao serem preparadas, as "vinas" ficaram inchadas e com aspecto que não recomendava a sua ingestão. Revoltado, o Mauro foi ao supermercado onde fizera a compra e recebeu, do gerente, um número 0800 para fazer a reclamação diretamente ao fabricante. Exigiu seus direitos, utilizando todos os verbos e predicados que lhe vinham à mente. Imediatamente, técnicos da empresa foram à residência do Mauro e pegaram o produto para análise.

Dias depois, o Mauro recebeu um laudo técnico do exame e que veio acompanhado de um pacote novo de salsichas do concorrente e um bilhetinho sucinto:

– Da próxima vez, favor prestar mais atenção na hora de reclamar ligando para 0800 correspondente à empresa do produto adquirido.

Ele tinha ligado para a empresa errada.

Testando a fé – O engenheiro Dátames Acastro Egg e o advogado Ivan Martins do Amaral foram criados na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba. Quando cursavam o grupo escolar, procuraram o professor da escola dominical, o Douglas Monteiro, afirmando que não acreditavam mais nela e nem em Deus.

Indagados pelo professor a causa de tamanho absurdo, disseram:

– O senhor não ensina que é só pedir que Deus proverá? Pois é! Trocamos o estudo pela conversa com Deus. Passamos a semana inteira de joelhos, orando, pedindo para tirar dez em matemática e tiramos zero.

Em tempo, como conta o incansável contador de causos Patrício Caldeira de Andrada:

– O professor saiu-se bem e eles continuam cristãos até hoje.

***

Rabada

É um dos meus pratos favoritos. O pulo do gato: elimine toda a gordura e lave bem. Calcule meio quilo por pessoa. Tempere inicialmente com óleo de canola, sal e pimenta-do-reino (de leve). Doure, preferencialmente em panela de ferro. Como é uma carne dura, pode ser feita em panela de pressão, que cozinha em uma hora.

Para que ganhe um sabor especial, doure inicialmente o bacon defumado bem picadinho. Depois doure os pedaços de rabo que já saem do açougue cortado e, em seguida, vá colocando água mineral fervendo, aos poucos, e vá mexendo. Nunca cubra os pedaços com água, pois o gosto da carne fica quase todo no caldo, já que o molho deve ser mais consistente. Numa panela normal demora mais ou menos duas horas de fogo médio para cozinhar. Na pressão só uma hora.

Na panela normal, quando ela estiver quase no ponto aplique cebola e alho, picados, deixe dar uma fritadinha e coloque o purê de tomate. Uma pitadinha de cominho é aconselhável. Deixe uns 10 minutos, verifique se a carne está macia e está pronto um prato bom e barato.

Rabada é um dos pratos mais solicitados no famoso Maneko’S Bar, na Rua Cabral, e que é acompanhado de polenta.

P.S.: os especialistas, como o chef Ivo Arthur, asseguram que o óleo de canola dá um dourado mais bonito nas frituras.

*** A coluna é dedicada ao competente e dinâmico empreendedor paranaense Joanir Zonta, que fez do Condor a maior rede de supermercados do Paraná.

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