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Nostalgia

A praça no meio do caminho

Obras em fevereiro de 1952 |
Obras em fevereiro de 1952 (Foto: )
Bonde transitando do lado da Voluntários da Pátria, em 1939 |

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Bonde transitando do lado da Voluntários da Pátria, em 1939

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Agência Ford, na esquina da Comendador Araújo, em 1924 |

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Agência Ford, na esquina da Comendador Araújo, em 1924

Relógio com o repuxo ao fundo, em 1924 |

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Relógio com o repuxo ao fundo, em 1924

Parte da Praça Osório e a Comendador Araújo, em 1909 |

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Parte da Praça Osório e a Comendador Araújo, em 1909

A Praça Osório, para quem vem do Batel, fica realmente no meio do caminho. No começo do século passado, os bondinhos de mulas que iam ou vinham daquele bairro cortavam pelo meio da praça para entrar na Avenida Luiz Xavier. Com a entrada em funcionamento dos bondes elétricos, em 1913, foi feita a remodelação daquele espaço e os veículos passaram a contornar a Osório para descer ou subir a Rua Comendador Araújo. Os bondes foram retirados daquele trajeto em 1939, passando para a Rua Emiliano Perneta, saindo da Praça Zacarias com destino ao Batel e ao Seminário.

Inaugurada com novo aspecto, em 1914, na gestão do prefeito Cândido de Abreu, dentre as melhorias que recebeu estava à renovação da arborização. Com o tempo, as árvores ficaram gigantescas e foram cortadas por estarem oferecendo perigo com as quedas constantes de seus galhos. Isto aconteceu em 1970. Foi plantada em seus lugares uma vegetação de baixa altura, composta de pequenos arbustos e trepadeiras, que também não duraram muito, por terem se transformado num matagal próprio para esconderijos. No início da década de 1940, um violento tufão abateu-se sobre a praça arrancando várias árvores, incluindo um bloco de cedros, que existiam no lado da junção das ruas Cândido Lopes e Voluntários da Pátria.

A Praça Osório chamava a atenção, principalmente para o pessoal que vinha do interior, por estar junto à Avenida Luiz Xavier, conhecida como a Cinelândia, pois ali se agrupava o maior número de cinemas existentes em Curitiba. O passeio pela praça fazia parte do turismo. Como lembranças da capital eram levadas fotografias feitas por um fotógrafo lambe-lambe, imagens gravadas com o freguês aparecendo na janela de um avião pintado num painel de pano, ou então a criançada retratada na garupa de um cavalinho de pau.

Um dos aspectos mais curiosos da praça é que ela se dividia em dois tipos de edificações. Nos lados sul e oeste, a maioria das casas era de moradias. Já no leste e norte, predominavam os estabelecimentos comerciais como a Sorveteria Meia Lua, do Miguel Baduy, na esquina com a Voluntários da Pátria, tendo ao lado a Farmácia Homeopática do Waldomiro Pedroso, vizinho do Hotel São Luiz.

Na esquina da Alameda Cabral existiam, vis-à-vis, duas farmácias: a Farmácia Boscardin, onde atualmente funciona um bar; e, no outro lado, a Farmácia Maciel, onde no mesmo local está instalada hoje uma livraria espírita. Na continuação existiam: o Salão Emílio de cabeleireiro e a relojoaria do Salomão Woller. Em tempos mais distantes havia a cocheira do Alfredo Rutz, que, mais tarde, foi da família Boscardin.

Ilustrando a Nostalgia deste domingo, damos destaque para duas fotos feitas durante as obras executadas no mês de fevereiro de 1952, quando era aplicada uma base de cimento na pista de rolamento do lado norte. Temos ainda o bonde entrando no lado da Voluntários da Pátria, para contornar a praça, indo em direção ao Batel, em 1939.

Nas fotos mais antigas, vemos em primeiro lugar a Agência Ford, na esquina da Comendador Araújo em 1924. Também de 1924 é a foto do relógio, tendo ao fundo o repuxo onde se nota quanto mais elevado era do nível do chão. Finalizamos com a foto feita de cima de uma torre de madeira instalada no meio da praça para uma comemoração cívica em 1909. A imagem foi gravada em direção à Rua Comendador Araújo.

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