Como era e como é. A curiosidade é própria de muitos animais, incluindo aí nós os humanos. Quando encontramos pessoas conhecidas, e que não vemos há longo tempo, logo nos saltam aos olhos as mudanças ocorridas nas mesmas: engordaram ou emagreceram; os cabelos estão branqueados ou sumiram, dando lugar à calva.
Em tais encontros é de bom tom não se comentar as mudanças que reparamos, isto porque a outra pessoa também terá notado as alterações pelas quais passamos.
No ambiente em que vivemos, as alterações efetivadas estarão mais evidentes quanto mais tempo tenhamos de existência. É óbvio que alguém que comece a enxergar o mundo hoje não perceberá as mudanças ocorridas em tempos anteriores. Estas diferenças são mostradas através de imagens, principalmente por meio de fotografias do tipo ontem & hoje.
A Nostalgia, a nossa máquina do tempo, hoje nos mostra tais fotos comparativas de alguns locais de Curitiba onde a paisagem mudou drasticamente ou então a modificação foi sutil, a ponto de não ser percebida. Vamos tomar como exemplo os atuais malfadados calçadões de petit-pavé que cobrem o centro da cidade. Tais coberturas nada têm a ver com as que existiam no passado, quando o serviço foi executado com esmero por profissionais que entendiam do assunto.
Hoje se fala muito em preservação ambiental e também na preservação do paisagismo urbano com a conservação de exemplares arquitetônicos de real valor histórico. Em 1971 tivemos uma devastação das árvores existentes na Praça Osório, árvores que circundavam a praça, onde foram plantadas em 1914. Alegação apresentada pela prefeitura: tais árvores ofereciam perigo aos passantes. Curiosamente nas praças Carlos Gomes e Eufrásio Correia, urbanizadas na mesma época, existem exemplares do mesmo tipo de árvores sem maiores problemas. Perigo sempre haverá da queda de alguma, como aconteceu com um pinheiro na Praça Santos Andrade, que caiu sobre um casal.
Quanto à preservação de prédios históricos, a cidade já perdeu inúmeros que tinham importância. A famosa Casa Paranista, que existia na Rua José Loureiro, foi demolida a toque de caixa para não ser tombada. A casa da família Gomm, no Batel, foi mexida e remexida e hoje está jogada nos fundos do terreno, onde perdeu todo o valor da paisagem histórica. Um dos exemplos mais gritantes ocorridos na paisagem urbana do Centro de Curitiba foi a demolição do sobrado onde esteve instalado o Café Paratodos, na esquina da Rua XV com a Travessa Oliveira Bello. Tal sobrado foi demolido quando já se fechava a Rua XV para uso exclusivo dos pedestres, em 1972.
Carregamos hoje o espaço desta página com fotografias comparativas que se seguem.
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