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Ponto final do bonde elétrico na antiga Rua do Portão (República Argentina), em 1915 | Acervo Cid Destefani
Ponto final do bonde elétrico na antiga Rua do Portão (República Argentina), em 1915| Foto: Acervo Cid Destefani
  • Carro-de-praça da Eufrásio Correia com o proprietário ao volante era ele o Silvestre Michina, morador no Bigorrilho. A foto é de 1940
  • Ponto central de bondes na Praça Tiradentes em foto de 1948
  • Público esperando na fila do ponto do ônibus para o Alto da Rua XV na então Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), no inicio de 1950
  • Ponto de automóveis de aluguel na Avenida Sete de Setembro, em frente a Estação da Estrada de Ferro, em foto de 1948
  • Ponto de carroceiros frentistas na Rua João Negrão, Praça Senador Correia, em meados da década de 1940
  • Chauffers de carros-de-praçaposam para foto na Praça Eufrásio Correia, lado da atual Câmara Municipal, em foto de 1949

Curitiba, como qualquer cidade, vila ou lugarejo, possui seus pontos tradicionais, os que são de preferencia de grupos de pessoas, tem aqueles onde ficam os praticantes do dito comercio ambulante, que não são tão ambulantes assim, com pontos fixos nas praças e esquinas pré-determinas. Na década de 1940 a Rua XV de Novembro tinha o Senadinho, ponto de encontro na quadra entre as ruas Monsenhor Celso e Marechal Floriano. Atualmente o mais conhecido é a Boca Maldita, na Avenida Luiz Xavier, nessa mesma avenida quando ainda usava a denominação de João Pessoa o curitibano se encontrava na frente da Confeitaria Guairacá, instalada no térreo do Palácio Avenida.

Com a inauguração da Estação da Estrada de Ferro, em 1885, surgiu o transporte de ferro-carris ou os bondes de mulas, como a população os batizou, isso em novembro de 1887 e com eles os primeiros pontos para o transporte coletivo, expandidos para os bairros onde começaram a trafegar os bondes elétricos, fato ocorrido em janeiro de 1913. Os bondes de mulas vieram fazer concorrência aos carroceiros que faziam seus pontos em frente à Estação onde angariavam seus fretes, tal disputa muitas vezes precisou da intervenção policial. Os primeiros ônibus, ou jardineiras, surgiram em meados da década de 1920, seus pontos eram aleatórios exceto o inicial e o final.

Com o surgimento do automóvel pelas ruas da cidade em 1903, condução que logo se tornou o sonho de consumo dos mais abastados, ter um automóvel era símbolo de abastança, coisa arraigada até hoje na vaidade humana. Para substituir as caleças e outras conduções alugadas nas cocheiras que funcionavam no centro, surgiam os primeiros automóveis de aluguel, mais solicitados, apesar de seus custos mais altos. Tais autos logo foram denominados de carros-de-praça em razão dos mesmos possuir seus pontos designados na Praça da Estação (Eufrásio Correia), Praça Osório e Praça Tiradentes. O serviço dos carros-de-praça teve seu inicio em Curitiba em 1913, quando o prefeito Cândido de Abreu regulamentou a Lei para o funcionamento dos mesmos.

Atualmente Curitiba tem uma infinidade de pontos espalhados pelo município. Transporte de cargas, coletivos, motos, estacionamentos rotativos, taxis, feiras livres e mais uma infinidade de paradas. Tem até ponto disputado, que valem um bom dinheiro, entre os flanelinhas ditos cuidadores de carros. No passado os pontos de taxis tinham um valor, por automóvel, conforme a praça para que estavam designados. Hoje tais pontos não mais são cobiçados, mas sim as placas que alcançam altos valores. É só ver o parto da montanha que está acontecendo para a liberação das 750 novas placas.

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