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"Terror" na Mocidade Azul | Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
"Terror" na Mocidade Azul| Foto: Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Notas e apuração

Um corpo de jurados acompanhou todo o desfile, atribuindo notas para os quesitos: enredo, samba-enredo, bateria, ala das baianas, comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, alegorias e adereços, fantasias, conjunto e harmonia.

A apuração será neste domingo, a partir das 15h, no Memorial de Curitiba. Nesta tarde será anunciada a escola campeã do carnaval 2014. (DA)

  • Desfile da Embaixadores da Alegria
  • Leões da Mocidade passa pela avenida
  • Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Acadêmicos da Realeza

Depois de 15 anos, o carnaval de Curitiba voltou para a Rua Marechal Deodoro. O retorno animou os foliões e os integrantes dos blocos e escolas. Aproximadamente 10 mil espectadores curtiram cada minuto de samba até perto das 5 horas deste domingo. Gritos, aplausos, risos e muita descontração deram o tom do desfile das escolas de samba na capital.

Após a passagem dos blocos e das quatro escolas do grupo B, o desfile do grupo principal começou por volta da meia-noite, contagiando os foliões. Com maior número de integrantes e de carros alegóricos, as quatro escolas de samba do grupo A não desapontaram. Fotos: desfile das escolas do Grupo A do carnaval de Curitiba

Veja fotos dos blocos no carnaval de Curitiba

Vídeo: Carnaval de Curitiba na Marechal

Todas elas conseguiram cumprir o número mínimo de integrantes (230) e o tempo de 65 minutos estipulados pela comissão organizadora. O ápice das apresentações era a passagem da bateria pelo público, que cantava e dançava animado.

A primeira do grupo especial a entrar na Marechal foi a Leões da Mocidade apresentando o enredo "Meus tambores anunciam: sorria você está na Bahia", que destacou os encantos, as belezas naturais, a diversidade e a musicalidade da Bahia. A escola contou com 348 integrantes e com dois carros alegóricos e 12 alas. Em seguida foi a vez da Embaixadores da Alegria mostrar samba no pé com o enredo "Sobre nosso olhar e inspiração… A essência dá o tom da folia", mostrando que o carnaval é uma arte que requer trabalho, talento e inspiração. Foram 314 integrantes divididos em oito alas e cinco carros alegóricos.

A Mocidade Azul levou bruxas, fantasmas, zumbis e outros personagens, como o Predador, para "aterrorizar" as arquibancadas. Com o tema "Quero brincar de ser mau!!! Mocidade faz buuu…Neste Carnaval", o público se animou nos 64 minutos de apresentação. No final do desfile, os integrantes tiveram que acelerar o passo para não ultrapassar o tempo limite permitido.

Detalhe que todos os integrantes da bateria da escola estavam maquiados como caveiras. A agremiação contou ainda com dançarinos que imitavam passos do clipe da música Thriller, de Michael Jackson. A agremiação levou para a Marechal 450 pessoas, 11 alas e cinco carros alegóricos.

Quem encerrou o desfile foi a atual bicampeã do carnaval de Curitiba (2012/2013), Acadêmicos da Realeza, com o enredo "E o mundo vem dançar no compasso da Realeza", encenando os mais variados estilos de dança. A agremiação entrou na avenida com 10 alas e quatro carros alegóricos.

Um carro da escola sofreu um problema: um balão se soltou parcialmente e ficou torto bem na frente dos jurados. Todos os 495 integrantes interagiram com o público durante os aproximados 50 minutos do desfile, que encerrou o carnaval curitibano 2014.

Efeito Marechal

O presidente da escola de samba Mocidade Azul, Altamir Lemos, afirma que - com a mudança do desfile do Centro Cívico para a Marechal Deodoro - o público teve vontade de sair de casa e prestigiar o carnaval curitibano. "Sem falar que no Centro Cívico tinha muitas curvas e lombadas o que dificultava o desfile", afirma.

O mesmo tom foi adotado pela integrante da Leões da Mocidade, Ellen Alves. "O espaço aqui é melhor para desfilar, o que evita problemas com os carros alegóricos", diz.

O carnavalesco Marcio Marins, da Acadêmicos da Realeza, chegou a brincar dizendo que no Centro Cívico era o único carnaval do mundo que tinha curvas e lombadas. "É bom voltar ao coração da cidade, trazendo mais espectadores e melhorando a acessibilidade de todos, já que é muito mais fácil encontrar um ônibus de transporte coletivo aqui no centro", ressalta.

A secretária da escola Embaixadores da Alegria, Maria Martins, afirmou que com a Marechal o Carnaval de Curitiba tem mais visibilidade. "Isso pode facilitar para que tenhamos mais patrocínios para o próximo ano", comenta.

Público

Natural de Maringá, Edson Gonçalves viu pela primeira vez o carnaval em Curitiba e não se arrependeu. Mesmo com o pé quebrado, ficou firme até o final do desfile. "Vou vir sempre para cá. É muito organizado e muito animado", disse.

Alessandro Matos, que é curitibano, afirmou que o carnaval na Marechal trouxe outro significado para a festa na cidade. "Nunca deveria ter saído. O povo está presente e aproveitando a festa", comentou durante o desfile.

Grupo B

A primeira escola do grupo B a desfilar, a Imperatriz da Liberdade, entrou na avenida por volta das 21h30. Depois, passaram pelo sambódromo curitibano as agremiações Unidos de Pinhais, Bairro Alto e Internautas. Depois de cada apresentação de bloco ou de escola, garis passam varrendo a avenida, deixando tudo preparado para o próximo desfile.

Blocos

O Afoxé, que desfilou por cerca de meia hora, é formado por integrantes de terreiros de umbanda e candomblé de Curitiba. Eles abrem a festa há mais de 20 anos "purificando" a avenida. "O bloco demonstra a união entre o candomblé e a umbanda em Curitiba. Assim mostramos a nossa fé pro resto da cidade", comenta Gerson Kaviumgo, um dos integrantes do bloco.

O Derrepente teve como tema o Zé Gotinha, popular personagem criado nos anos 1980 para incentivar a vacinação infantil. O enredo puxado pelo bloco diz assim: "Zé Gotinha, veja bem, preste atenção, toda criança tem que ter vacinação".

Já o tradicional bloco Rancho das Flores, formado por senhores e senhoras de idade, animou a avenida com marchinhas. Iracema Santos de Oliveira, 68, que participa do bloco há 20 anos, diz que, quando está no bloco, revive lembranças antigas. "Lembro da minha mãe e da minha avó", conta. o aposentado Isaías Bueno, 80, há 15 desfila todo ano no Rancho das Flores. "Isso me faz continuar vivendo", disse.

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