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Transporte escolar

Com frota sucateada, município adia volta às aulas

Ano letivo em Nova Tebas vai começar com 11 dias de atraso porque ônibus não têm condições de transportar alunos

Bancos quebrados são alguns dos problemas da frota | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
Bancos quebrados são alguns dos problemas da frota (Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo)

Nova Tebas - Cerca de 800 alunos das redes municipal e estadual de Nova Tebas, no Norte Central do Paraná, que deveriam ter iniciado as aulas na semana passada, devem ficar sem frequentar a escola até depois do carnaval, por falta de transporte. A frota escolar do município está sem pneu, motor, mola de suspensão, janelas, bancos e freios.

Em um dos ônibus, além de a porta ser fechada com um pedaço de prego enferrujado, o assoalho recebeu um "conserto" com pedaços de madeira velha. "Só temos a carcaça", admite o secretário municipal da Infraestrutura, Hamilton Sonaldo de Góis. "As crianças não podem ser transportadas em veículo nesse estado crítico."

Segundo ele, dos 12 ônibus e quatro vans (três delas do modelo Kombi, da Volkswagen), apenas dois coletivos estão funcionando. "Para consertar todos os veículos, o município precisa de verbas estaduais", argumenta. Mesmo assim, Góis estima que, em 60 dias, toda a frota deve estar recuperada. "Vamos consertar apenas a parte mecânica e colocar os pneus", explica. "Os alunos devem ficar sem conforto, pois o estofamento e a lataria não têm previsão de passar por reformas."

Atraso

Por causa da falta de ônibus do transporte de alunos, a Secretaria Municipal da Educação encaminhou em janeiro um ofício à Secretaria de Estado da Educação solicitando que as aulas iniciem apenas no dia 26 de fevereiro. "A reforma não aconteceu antes por falta de dinheiro no caixa da prefeitura", alega a secretária municipal da Educação, Castorina Martins de Matos Machado.

Segundo ela, para que os alunos não sejam prejudicados, todo o calendário escolar foi reformulado. "Os alunos terão uma semana a menos de férias em julho, e os feriados e recesso escolares serão reaproveitados com aulas", diz.

A atual prefeita do município, Heloísa Ivaszek Jensen (PRTB), afirma que levou "um susto" quando assumiu a gestão, no início do ano. Ela afirma ter encontrado departamentos com as portas fechadas, frota escolar sucateada, hospital sem remédio e postos de saúde fechados.

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