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O comandante geral do PM do Rio, Mario Sergio Duarte, enfrentou nova situação de constrangimento numa coletiva na tarde desta sexta-feira (23) ao saber que pode ter havido omissão de outros policiais do 13º Batalhão na morte do coordenador de projeto sociais do AfroReggae Evandro João Silva, na madrugada de domingo (18).

Segundo um integrante do grupo, o músico Anderson Elias dos Santos, ele encontrou Evandro com vida, 50 minutos depois de o amigo ser baleado, pediu ajuda a dois PMS que estavam no local e os dois reagiram com indiferença.

"Recebi um telefonema dizendo que o Evandro que tinha sido baleado no Centro e corri para o local. Chequei 50 minutos depois. Levantei a cabeça do Evandro, coloquei a mão no peito e senti que o coração ainda estava batendo. Pedi ajuda ao policial, mas ele disse que era assim mesmo, que o coração ia parando aos poucos", explicou, acrescentando que se sentiu impotente vendo o amigo morrer.

Anderson disse que não sabe o nome do policial, já que era outra patrulha que chegara ao local. A viatura em que estava o cabo e o capitão suspeitos de crime não estava mais na Rua do Carmo, no Centro do Rio.

Desconcertado, o comandante geral da PM garantiu que "todas as coisas que estão sendo ditas serão investigadas".

Porta-voz exonerado

O assessoria de imprensa do governo do Rio confirmou que governador Sérgio Cabral pediu a exoneração do major Oderlei dos Santos Alves de Souza, do cargo de relações públicas da Polícia Militar.

Cabral considerou desrespeitosa a declaração que o major deu em entrevista à Globo News na quinta-feira (22).

"Ele não se comportou como um porta-voz da instituição. Ele se comportou como advogado de defesa dos policiais. Isso eu não admito. Eu não admito porque há registros contundentes de um mal comportamento de um capitão, policiais militares. Um porta-voz da PM não pode se comportar como um advogado da corporação. Isso é um desrespeito à população. Ele não merece ser porta-voz de uma instituição Polícia Militar", declarou o governador.

O major disse que os policais militares que não socorreram e liberaram os supostos assaltantes que assassinaram o coordenador social do AfroReggae, Evandro Silva, cometeram um "desvio de conduta".

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