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Educação estadual

Comando de greve dos professores decide fazer assembleia na 3ª feira

Sindicato diz que caso governo apresente proposta, professores votarão pelo fim ou continuidade do movimento. No caso de não haver nova rodada de negociação, assembleia definirá próximos passos da greve

Após um sábado inteiro de reunião, o comando de greve dos professores estaduais resolveu convocar uma assembleia para a próxima terça-feira (29). Caso o governo do estado apresente uma nova proposta de melhorias à categoria nos próximos dias, uma votação sobre o fim da greve deve ser realizada neste dia. Caso não sejam colocadas novas melhorias pelo governo, uma assembleia de organização para apontar os rumos da greve será feita. Na segunda e na terça-feira, conforme o sindicato da categoria, as escolas estaduais continuam sem aulas.

A assembleia da próxima terça-feira (29) ocorrerá no mesmo dia de um ato público nacional que acontecerá em Curitiba, previsto para a manhã do dia 29 de abril. A organização é da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que pretende reunir cerca de 20 mil pessoas na capital paranaense. Trabalhadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná virão a Curitiba e apenas depois dessa manifestação é que deve ocorrer a assembleia.

Na noite deste sábado (26), cerca de 400 professores continuavam acampados em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. O acampamento foi montado na quarta-feira (23), no primeiro dia de greve, para funcionar como uma espécie de quartel-general do movimento. A professora Marlei Fernandes, presidente da APP sindicato, contou que depois da longa reunião deste sábado, o clima à noite era de festa. "A APP completa 67 anos hoje, vamos ter um bolo para comemorar."

Balanço

Na sexta-feira, terceiro dia das manifestações, o APP-Sindicato estimou que 85% dos professores aderiram à manifestação, atingindo 1.720 das 2.149 escolas estaduais, entre adesões totais e parciais. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) admitiu que 70% das unidades da rede estadual tiveram atendimento parcial, mas informou que nesta sexta apenas 11,82% das escolas estaduais paralisaram totalmente as atividades.

Negociação

Nesta quinta-feira (24) ocorreu a única reunião de negociação entre professores e governo do início da greve até agora. Dentre as propostas do governo, está o pagamento de uma compensação financeira pelo tempo de hora-extra não realizado pelos professores. A categoria reivindica 33% de hora-atividade e hoje são 30%. O pagamento seria realizado de agosto a dezembro, com o compromisso da ampliação do tempo de hora-atividade a partir do início do próximo ano letivo.

O Estado também propôs um novo calendário de quitar progressões e promoções pendentes de professores e funcionários da educação, de maio a fevereiro. O cronograma inicial era encerrar os pagamentos em dezembro. Segundo o Sindicato, o governo do Paraná deve R$ 100 milhões aos professores e funcionários. O atraso é de um ano e meio.

Por outro lado, o governo manteve a proposta de aumento salarial de 6,5% para os professores, mesmo índice que será aplicado às demais categorias de servidores do estado na data-base. O pedido do sindicato era de 8,32%. No entanto, o valor do salário continuaria cerca de 70% superior ao piso nacional.

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